Agência Panafricana de Notícias

África do Sul prorroga missão de soldados na RD Congo e no Sudão

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA)- O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, informou quarta-feira o Parlamento sobre a prorrogação, por 12 meses suplementares, da missão dos soldados sul-africanos na RD Congo e no Sudão "para cumprir com as suas obrigações internacionais".

Segundo ele, 850 soldados permanecerão em Darfur, no Sudão, no quadro das obrigações da União Africana (UA) e das Nações Unidas.

Os soldados participam na Missão Conjunta da União Africana e Nações Unidas em Darfur (MINUAD).

Além disso, mil 267 membros do pessoal da Força Nacional Sul-Africana de Defesa (SANDF) trabalharão na RDC no quadro da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas.

“Os nossos soldados fazem um excelente trabalho. Nós lhes felicitamo e garantimos o apoio dos seus compatriotas enquanto eles continuam a contribuir para a construção duma África melhor, enquanto força de paz. Estamos orgulhosos deles e da sua contribuição para a renovação e o desenvolvimento de África”, disse o Presidente Jacob Zuma.

Por outro lado, o envio de soldados sul-africanos na República Centro Africana (RCA) foi denunciado pelo partido da oposição, a Aliança Democrática (DA), que alegou irregularidades no processo de desdobramento.

Para a DA, a decisão de enviar tropas em dezembro último foi tomada no termo duma série de notas diplomáticas e não com base num prolongamento dum Protocolo de Acordo.

«Houve apenas uma troca de notas diplomáticas entre a África do Sul e a RCA, assinadas a 31 de dezembro de 2012, validando entendimentos para que a África do Sul desempenhe um papel mais importante na RCA », declarou o deputado da DA, David Maynier.

O Presidente Jacob Zuma e o ministro da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, afirmaram que a decisão de enviar em janeiro último 200 soldados sul-africanos a Bangui, a capital da RCA, em plena ofensiva rebelde se baseou unicamente num precedente Protocolo de Acordo assinado entre os dois países.

Durante esta operação em Bangui, treze soldados sul-africanos foram mortos em combates contra os rebeldes da coligação Séléka que destituíram o Presidente François Bozizé e tomaram o poder.

-0- PANA CU/VAO/NFB/JSG/FK/TON 18abril2013