Agência Panafricana de Notícias

África Oriental e Austral desejam combater fluxos financeiros ilícitos

Addis Abeba, Etiópia (PANA) - Uma reunião de alto nível de 48 horas consagrada aos fluxos finaceiros ilícitos a partir de África inicia quinta-feira em Maputo (Moçambique) para permitir a diferentes atores chaves da África Oriental e Austral discutir vias e meios de combater este flagelo, anunciou esta terça-feira a Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA).

O antigo Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, que dirige um painel de alto nível composto por 10 personalidades do continente e outros horizontes para tratar a questão, presidirá ao encontro.

Mais de 60 delegados são esperados nesta reunião regional que se segue a consultas similares organizadas no Quénia, na Tunísia, na Libéria, na Nigéria, na Zâmbia e na RD Congo.

A União Africana (UA) e a CEA criaram em fevereiro de 2012 o painel de alto nível sobre os fluxos financeiros ilícitos em África, estimado em 50 biliões de dólares americanos anualmente.

Os fluxos financeiros ilícitos constituem, entre outros, transações comerciais não contabililizasdas/documentadas bem como atividades criminosas caraterizadas por sobrefaturações dos preços, evasões fiscais e falsas declarações facilitadas por cerca de 60 de paraísos fiscais internacionais e entidades secretas que facilitam a criação e a operacionalização de milhões de empresas disfarçadas, de contas anónimas e de falsas fundações de caridade.

Outras técnicas utilizadas compreendem o branqueamento de dinheiro, a transferência de preço e a corrupção.

Embora os fluxos financeiros ilícitos sejam um problema global, o seu impacto no continente é massivo e constitui uma ameaça grave para a governação de África e o seu desenvolvimento económico.

-0- PANA AR/SEG/NFB/JSG/MAR/TON 17set2013