Agência Panafricana de Notícias

União Africana rejeita formação de governo paralelo no Sudão

Porto Sudão, Sudão (PANA) - O Conselho de Segurança e Paz da União Africana (CSP-UA) está a favor do Governo de facto no Porto Sudão, condenando o anúncio da formação de um governo paralelo pelas Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês), uma milícia paramilita, nas zonas sob o seu controlo em Darfur (norte), soube a PANA de fonte oficial.

“CSP-UA condenou firmemente e rejeitou o anúncio feito sábado último, 26 de julgo de 2025, da criação, na República do Sudão, de um governo paralelo pelas Aliança Fundadora do Sudão (Tasis sigla em inglês), dirigida pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares”, lê-se numa declaração no final de uma reunião em Addis Abeba, na Etiópia.

O órgão encarregue da segurança e paz no continente africano reafirmou o compromisso da UA em respeitar a soberania, unidade e integridade territorial da República do Sudão e rejeitar a criação de um governo paralelo no país,, indica o comunicado.

Exortou a todos os Estados membros da UA e à comunidade internacional a rejeitarem a fragmentação do Sudão e a não reconhecer o “o governo paralelo” que tem consequência nos esforços de paz e o futuro existencial do país.

Aconselhou aos Estados membros e à comunidade internacional a absterem-se de fornecer um apoio ou assistência de qualquer natureza que seja a qualquer grupo armado ou político do alegado “Governo paralelo” na República do Sudão.

 A UA só reconhece o Conserto Soberano de Transição Sudanês e o Governo Civil de Transição recentemente formado até que sejam concluídos acordos consensuais, correspondentes às aspirações do povo a favor de um regresso suave à ordem constitucional, segundo o mesmo comunicado.

O CSP-UA reiterou o seu apelo às partes em conflito sudanês, nomeadamente as Forças Armadas Sudanesas (SAF, sigla em inglês) e as RSF, para "estabelecer um cessar-fogo imediato, permanente e incondicional.

Também les aconselhou a retomarem as negociações, seguidas de um diálogo nacional inclusivo e de uma transição político.

A seu ver, não existe uma solução militar viável e duradoura para o conflito atual.

O CSP-UA condena, de maneira inequívoca, qualquer ingerência externa que alimente o conflito sudanês, em flagrante violação de todos os seus  comunicados pertinentes e das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

-0- PANA MO/MA/MTA/JSG/DD 30julho2025