Líder da UNITA é desafiado a provar tentativa de suborno
Luanda, Angola PANA - A Presidência da República de Angola desafiou o presidente da União Nacional da Independência Total de Angola (UNITA, principal partido da oposição), Adalberto Costa Júnior, a provar a alegada tentativa de suborno para uma revisão da Constituição da República com o objetivo de um terceiro mandato para o Presidente angolano, João Lourenço, soube PANA de fonte oficial.
No mesmo contexto, exige-se do opositor a prova de um suposto pagamento feito por Angola para que assumisse a Presidência Pro Tempore da União Africana (UA), segundo um comunicado divulgado na página oficial da Presidência da República.
A mais alta entidade do pais considera considera graves e irresponsáveis as declarações proferidas pelo líder do maior partido na oposição em Angola.
De modo a esclarecer o assunto, refere-se no documento que, sobre a Revisão da Constituição, “não corresponde à verdade que o Presidente da República tenha mandatado qualquer cidadão para abordar o presidente da UNITA com vista à revisão da Constituição, para se prever um terceiro mandato.
A Presidência da República acrescenta que, “como é do conhecimento público, a Constituição da República de Angola foi revista em 2021, por iniciativa do Governo, numa altura em que o partido maioritário (Movimento de Popular de Libertação de Angola,detinha MPLA) tinha uma maioria qualificada, que lhe permitia aprovar a revisão constitucional sozinho.
Ainda assim, indica a nota, “nunca essa questão fora colocada.”
Caso o Presidente da República tivesse tal pretensão, lê-se ainda, no documento, “teria, seguramente, apresentado uma proposta concreta junto da Assembleia Nacional, único órgão competente para o efeito”, assegurando, portanto, que “tal afirmação é falsa.”
“Tendo em conta a gravidade das declarações e a necessidade de defesa intransigente do bom nome das instituições democráticas do país, o autor das declarações é desafiado a dizer publicamente quem foi o mandatário do Presidente da República que o tentou subornar para se alterar a Constituição da República de Angola, para que preveja a possibilidade de um terceiro mandato, sob pena de serem accionados os competentes mecanismos constitucionais e legais de responsabilização civil e criminal”, publicou a Presidência da República.
Sobre as declarações de um alegado pagamento para que Angola assumisse a liderança da organização continental, o documento esclarece que “a presidência da União Africana obedece a um sistema de rotatividade regional, pelo que, no quadro do processo de rotatividade, competia à região da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) apresentar o seu candidato.
-0- PANA JA/DD 99julho2025