Agência Panafricana de Notícias

Vítimas de depósito ilegal de dinheiro brevemente reembolsadas no Benin

Cotonou- Benin (PANA) -- Pelo menos 130 mil 982 pessoas detentoras de 297 mil 142 contratos depositaram o seu dinheiro em empresas financeiras ilegais no Benin, segundo as cifras divulgadas no termo duma sessão extraordinária do Conselho de Ministros beninense na sequência do recenseamento das vítimas.
Estruturas a operar ilegalmente no Benin no setor das Finanças tinham aberto à sua clientela contas de poupanças cujos depósitos eram remunerados com uma taxa de juro de cerca de 200 porcento.
Esta aliciante proposta provocou um fluxo da população para estas estuturas ilegais, causando após alguns meses, a cessação de pagamentos destas estuturas.
Embora tardia, a reação do Governo beninense permitiu bloquear as contas destas estruturas, a fim de instalar um procedimento de reembolso dos depositantes.
Segundo um comunicado do Conselho de Ministros, 87,6 porcento do efetivo recenseado está nos centros urbanos de Cotonou, Abomey-Calavi, Porto Novo e Adjarra (sul) contra 10 porcento em Abomey (centro) e Lokossa (sudoeste) e 2,4 porcento em Natitingou e Parakou (norte).
Estes resultados provenientes do recenseamento direto dos depositantes deverão ser confrontados com as informações paralelamente recolhidas pelo Comité de Crise junto das estruturas de recolha, para um resultado preciso do efetivo dos depositantes e das somas realmente postas em causa, precisa a nota.
O comunicado tranquiliza que vista a iminência do reinício escolar e universitário, os reembolsos vão começar o mais cedo possível com os fundos recuperados junto das diferentes estruturas de recolha, a fim de pôr termo ao desespero dos depositantes.
Porém, as estruturas de depósito assumirão a inteira responsabilidade pelos reembolsos, na sua qualidade de devedoras dos depositantes, sob a supervisão do dispositivo instalado pelo Governo.
A nota indica, por outro lado, que os pequenos depositantes serão privilegiados para aliviar em prioridade os sofrimentos duma população de depositantes ingénuos, analfabetos, na sua maioria desconhecedores das leis e regulamentos e que não puderam, por isso, medir os riscos em que incorriam ao depositar os seus fundos junto destas estruturas ilegais.