Agência Panafricana de Notícias

União Europeia quer julgamento de piratas por Tanzânia

Nairobi- Quénia (PANA) -- Os responsáveis da Força Especial de Luta contra a Pirataria da União Europeia (UE) instaram a Tanzânia a julgar os piratas detidos ao largo da Somália, no quadro dos esforços para lutar contra as ameaças de pirataria na região, soube a PANA.
Os responsáveis da Força Naval, que opera nas costas do Oceano Índico para proteger as embarcações que navegam nesta zona, contactaram o Governo tanzaniano para que tente julgar os piratas.
Esta medida segue-se ao anúncio recente pelo Quénia da sua intenção de desistir de julgar os piratas somalís, por razões de segurança nacional, indicando que os países europeus não respeitaram a sua parte do contrato, designadamente a concessão de fundos suplementares para os julgamentos por pirataria.
O comandante em chefe da Força Naval Especial, almirante Philippe Coindreau, reuniu-se com as autoridades nacionais tanzanianas e com os parceiros regionais para discutir os julgamentos dos piratas presos.
Coindreau encontrou-se igualmente com o chefe da Marinha tanzaniana que exprimiu a sua preocupação face aos atos de pirataria bem como com altos responsávis durante a escala do navio francês FS de Grasse em Dar-es-Salam na Tanzânia.
Os responsáveis da Marinha tanzaniana prometeram ajudar a reforçar a cooperação em matéria de luta contra a pirataria entre a Tanzânia e a Task Force.
O comandante em chefe da Task Force Naval reuniu-se igualmente com o Procurador-Geral adjunto tanzaniano, George Masaju, na presença do representante da Delegação da União Europeia, o embaixador Tim Clarke, e o embaixador de França, Jacques de Larbiole.
"Esta reunião importante discutiu sobre o julgamento dos piratas e os meios de melhor apoiar as iniciativas de apoio regionais", informou a força.
Os parceiros locais e os diplomatas na Tanzânia declararam todos estarem muito fortemente preocupados pela pirataria.
A UE já celebrou acordos de transferência e estão em curso negociações para acordos similares com outros parceiros na região.
A Europa defende que é essencial encontrar-se uma solução duradoura para o tratamento judicial da pirataria.