União Africana lança livro sobre memórias de África

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - A União Africana (UA) vai lançar em maio próximo na capital etíope, Addis Abeba, um livro sobre memórias do continente com declarações dos atuais 53 chefes de Estado e dos membros fundadores da organização, soube-se de fonte oficial em São Tomé.

De acordo com a ministra santomense dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Natália Umbelina, a obra será lançada por ocasião da próxima cimeira extraordinária da organização pan-africana em Addis Abeba.

Para o efeito, explicou, os chefes de Estado africanos foram convidados a entregar, até março deste ano, uma declaração sobre o pan-africanismo e o renascimento de África, refletindo a vida da organização 50 anos após a sua fundação.

Esta recomendação associa-se à deliberação de que os festejos de mais um aniversário da fundação da UA devem ter lugar em todos os países-membros da organização, disse Umbelina à imprensa quando balanceava a recém terminada XX cimeira ordinária da UA.

Realizada de 27 a 28 de janeiro passado em Addis Abeba sob o lema "Pan-africanismo e Renascimento de África", a XX cimeira da União Africana debateu, entre outros temas, a situação dos conflitos em África, particularmente no leste da República Democrática do Congo (RDC), na Guiné-Bissau, no Mali, em Madagáscar e entre o Sudão e o Sudão do Sul.

Segundo a chefe da diplomacia santomense, a situação na Guiné-Bissau foi "amplamente debatida", tendo sido recomendada a formação de um governo de base alargada para permitir o acesso ao financiamento externo e ao levantamento das sanções da UA.

Em 25 de maio deste ano, completam-se 50 anos sobre a fundação da Organização de Unidade Africana (OUA) por distintos líderes africanos movidos pelo ideal da libertação total do continente da colonização europeia.

Concluída a descolonização com a ascensão à independência nacional da totalidade dos países africanos, a organização foi extinta algumas décadas depois para dar lugar ao nascimento da União Africana, em julho de 2002, com uma agenda mais virada para a integração económica e política, a instauração da democracia e a resolução de conflitos.

-0- PANA RMG/IZ 3fev2013