Agência Panafricana de Notícias

União Africana insta Mali a lançar negociações inclusivas

Yamoussoukro, Côte d’Ivoire (PANA) – O alto representante da União Africana (UA) para o Mali e Sahel, Pierre Buyoya, apelou às autoridades malianas para abrir discussões inclusivas com vista a uma paz e estabilidade duradouras neste país da África Ocidental.

Ao intervir em nome da presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, durante a abertura da 44ª cimeira ordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental em Yamoussoukro, na Côte d’Ivoire, Buyoya felicitou o Governo e o povo do Mali pelos "progressos notáveis realizados no espaço de apenas um ano".

Entre os progressos, ele enumerou a promoção da reconciliação nacional, as ações preparatórias ao lançamento de negociações inclusivas e as medidas restauradoras da confiança tais como a libertação de prisioneiros e o levantamento dos mandados de captura contra líderes dos movimentos armados.

Buyoya, que é igualmente o responsável da Missão da UA no Mali e Sahel (MISAHEL), uma iniciativa de cooperação com os países do Sahel para lutar contra o terrorismo no quadro dos esforços para estabilizar a região, exortou as autoridades malianas « a progredir, sobretudo com a abertura de negociações inclusivas, assumindo ao mesmo tempo o papel de líder neste processo ».

Na sequência das eleições realizadas com êxito que restauraram a democracia no Mali, a próxima etapa é a abertura de negociações com os grupos rebeldes do norte para alcançar a paz e a estabilidade permanentes.

Na semana passada, o enviado especial das Nações Unidas, Bert Koenders anunciou que o Governo maliano e os rebeldes fizeram progressos nas discussões informais com vista às negociações inclusivas.

Uma série de recomendações foi apresentada pelas partes sob a mediação do diplomata onusino durante a terceira série de negociações iniciada a 14 de março último.

As recomendações envolvem as questões de segurança, o acantonamento das tropas, as medidas para reforçar a confiança mútua, o regresso dos serviços sociais básicos e administrativos no norte e um roteiro para discussões inclusivas no país.

A questão do Mali está na agenda da cimeira de dois dias da CEDEAO que deve terminar sábado em Yamoussoukro.

-0- PANA SEG/AKA/IS/IBA/FK/IZ 28março2014