Agência Panafricana de Notícias

Um morto em manifestação popular em ruas de São Tomé

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Uma pessoa morreu numa manifestação popular, ocorrida quinta-feira nas ruas de São Tomé, e  que exigia a libertação imediata de um pastor são-tomense, Igreja Universal Reino de Deus (IURDS), preso na Côte d'Ivoire, há um mês,  soube a PANA de fonte oficial, em São-Tomé.

O primeiro-ministro são-tomense condenou na noite da quinta-feira o ato e advogou a  calma para a população e familiares do pastor Iudmilo Veloso da Costa, preso, há um mês na Côte d'Ivoire, por "injúrias e calúnia" contra a mesma igreja, de acordo com a fonte.

Jorge Bom Jesus anunciou igualmente, que uma comissão parlamentar, acompanhada por pastores e advogados da IURDS viajam este sábado para a Côte d'Ivoire para a resolução rápida do problema.

O apelo de Jorge Bom Jesus surge, horas depois da manifestação popular ter atingido o auge, com a morte de um estudante, o incêndio e a destruição da sede central do templo da IURDS em São Tomé, inaugurado em 2017.

A morte do jovem resultou de uma bala perdida disparada por um agente de polícia quando tentava dispersar os manifestantes com ânimos exaltados.

Durante a manifestação ouvia-se palavras de ordem com “libertação do pastor Iudmilo Veloso da Costa e fim da igreja Universal em São Tomé e Príncipe”.

Os manifestantes atearam fogo a carros motorizados, supostamente pertencentes a Igreja Universal Reino de Deus que se puseram em fuga quando estes se concentraram diante do templo desta congregação.

No entanto, na manha da quinta-feira, vários populares saquearam móveis do interior da igreja, nomeadamente cadeiras entre outros haveres.

A destruição das capelas da IUDRS em várias localidades do país começou, na manha da quarta-feira última, na localidade onde residem familiares do pastor Iudmilo Veloso da Costa.

Durante a insurreição popular, foram recolhidas garrafas com nomes de várias pessoas, fotografias, sal e vinagre.

“O centro desta igreja não é a Bíblia. É satanico. Isto não pode ser, não queremos mais esta igreja aqui no país. Uma igreja não consegue perdoar o seu próprio irmão. Praticam coisas sobrenaturais”, desabafavam vários São-tomense, durante uma reportagem transmitida pela televisão são-tomense.

-0- PANA RMG/DD 17out2019