Agência Panafricana de Notícias

UNICEF deplora amplitude da desnutrição infantil no Ruanda

Kigali- Ruanda (PANA) -- O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) deplorou quarta-feira a amplitude da desnutrição infantil no Ruanda, pedindo ao Governo para iniciar programas comunitários destinados a promover a autossuficiência alimentar no país.
"As Nações Unidas saúdam com certeza os esforços consentidos pelo Presidente ruandês, Paul Kagame, para fazer face ao problema da desnutrição no Ruanda", declarou a coordenadora nacional residente das Nações Unidas no Ruanda, Elisabeth Balepa, na abertura duma conferência bilateral ONU-Ruanda sobre a nutrição.
Segundo ela, esta situação (de desnutrição) nomeadamente nas crianças é agravada por vários outros factores ligados, entre outros, ao acesso à água potável, aos cuidados de saúde e à higiene", sublinhou.
Estatísticas oficiais mostram que 45 por cento das crianças menores de cinco anos de idade estão confrontadas com a desnutrição e a subalimentaçao no Ruanda, segundo a ONU.
À escala mundial, fala-se em cerca de 200 milhões de crianças menores de cinco anos de idade que sofrem da desnutrição, nomeadamente na África Subsariana, indica um comunicado da ONU transmitido quarta- feira à PANA em Kigali.
No Ruanda, uma família rica gasta em dois dias o que uma família pobre utiliza num ano, e será preciso um certo período para atingir um nível que poderia ser considerado como justo, segundo um recente relatório da ONU.
O alerta onusino foi lançado numa altura em que a maioria dos países em desenvolvimento estão numa corrida contra o relógio para tentar realizar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), o primeiro dos quais envolve a redução da pobreza e da fome até 2015.
No Ruanda, as previsões mostram que 60 por cento das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza com o rendimento de menos de um dólar por dia serão apenas 30,2 por cento dos nove milhões e 200 mil pessoas que devem compor a população até 2015.