Agência Panafricana de Notícias

UNESCO condena assassinatos de jornalistas no Uganda

Dar es Salaam- Tanzânia (PANA) -- A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Irina Bokova, instou as autoridades ugandesas a abrir um inquérito sobre o assassinato do jornalista duma rádio, Dickson Sentongo, segunda-feira última, elevando para dois o número de jornalistas mortos neste país da África Oriental no espaço de três dias.
"Condenou a morte brutal de Dickson Sentongo", sublinhou Bokova num comunicado publicado quinta-feira.
"A morte trágica de Sentongo e do jornalista freelance Paul Kiggundu, três dias antes, alerta sobre a liberdade de expressão no Uganda e exorta as autoridades ugandesas a não poupar nenhum esforço na busca dos responsáveis por estes crimes", acrescentou.
Segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Sentongo, de 29 anos de idade, foi morto por assaltantes não identificados que se serviram de barras metálicas quando ele se deslocava à Radio Prime no distrito de Mukono, no centro do Uganda.
Ele morreu no hospital algumas horas mais tarde.
Sentongo, que era apresentador de jornal na Radio Prime há dois anos, tinha também um engajamento político e discutia regularmente sobre as atividades políticas de vários partidos políticos nas suas emissões.
Um outro jornalista, Paul Kiggundu, foi morto a 11 de Setembro último durante uma manifestação na cidade de Rakai, no sul do Uganda.