Agência Panafricana de Notícias

UE realiza cimeira especial sobre crise migratória

Bruxelas, Bélgica (PANA) - Os 28 chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) estão reunidos de novo em Bruxelas para uma cimeira consagrada à crise migratória para tentar reduzir a chegada em massa de refugiados que desembarcam por centena de milhares na Europa pela rota dos Balcãs depois de transitarem pela Turquia.

A diminuição importante de migrantes africanos que chegam à Europa depois de embarcarem ao largo das costas líbias para atravessar, arriscando as suas vidas, o Mar Mediterrâneo não figura na agenda dos trabalhos da reunião dos chefes de Estado europeus.

Segundo o projeto de comunicado final a que a PANA teve acesso, os líderes europeus vão decidir o encerramento da fronteira entre a Grécia e a Turquia ao aumentar os meios humanos e materiais para garantir o encerramento das fronteiras externas da Grécia.

Por outro lado, eles vão pedir que sejam melhorados os equipamentos de postos de registo (hot spot) na Grécia dos refugiados (homens, mulheres e crianças) que chegam à Europa.

A instalação de vedações com arame farpado nas fronteiras nos países dos Balcãs provocou o encerramento dos refugiados que chegam à Grécia sem a possibilidade de poderem continuar o seu caminho para os países da Europa do Norte.

Os líderes europeus estão divididos entre os que defendem a instalação unilateral das barreiras nas fronteiras, em violação dos Acordos de Shengen, e os que estão dispostos a acolher os refugiados, dos quais a chanceler alemã, Angela Merkel.


O ministro francês da Economia, Emmanuel Marcon, preveniu o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que caso seja decidida a saída da Grã-Bretanha da UE pelos Britânicos, no termo do referendo que ele pretende organizar em junho próximo, França retirará as barreiras em Calais para deixar passar pelo Reino Unido milhares de migrantes, nomeadamente Sudaneses, Eritreus e Somalís instalados no imenso acampamento selvagem.

Praticamento todos de expressão inglesa, estes migrantes africanos querem deslocar-se ao Reino Unido para reencontrar os seus familiares que estão instalados neste país.

Apesar de as autoridades francesas iniciarem o desmantelamento do acampamento de Calais com bulldozers, apoiadas pelas forças da ordem, os migrantes recusam-se a ser enviados a campos afastados do porto de Calais de onde eles esperam entrar em camiões a caminho do Reino Unido.

-0- PANA AK/IS/FK/TON 7março2016