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UE apoia introdução de novas espécies fruteiras em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) – A União Europeia (UE) apoia o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) de Cabo Verde a introduzir três novas espécies fruteiras, designadamente a framboesa, a amora e o mirtilo, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.

A introdução destas novas fruteiras está inserida no projeto de relançamento da cultura da banana co-financiado pela UE com 500 mil euros e pelo Governo cabo-verdiano com 100 mil euros.

Fonte do Ministério de Desenvolvimento Rural (MDR) cabo-verdiano esclareceu que o referido projeto, iniciado em 2011 e implementado pela INIDA, em parceria com o MDR, visa o relançamento da cultura da banana através da introdução de plantas propagadas ‘in vitro’.

Para além do aumento da produção desta fruta, o projeto visa ainda a introdução e promoção de novas espécies e variedades , nomeadamente a mangueira e o ananaseiro.

“Alguns destes resultados são já visíveis, com o aumento crescente da oferta de banana em quantidade e qualidade no mercado cabo-verdiano”, sublinha fonte.

Ao longo do ano transato até ao início de 2013, já foram introduzidas também novas variedades de bananeiras e de ananaseiro, bem como a fruteira Pitaya ou Pitahaya (fruta-dragão, fruta do cato).

Esta espécie já foi testada com bons resultados nas Ilhas Canárias, pela empresa CULTESA, que tem fornecido plantas propagadas ‘in vitro’ ao INIDA, para plantação de 15 hectares de bananeira e cerca de um hectare de ananaseiro em terrenos de agricultores.

A Pitaya adapta-se bem em condições de falta de água e poderá ser mais um contributo para a diversificação da fruticultura e para o rendimento dos agricultores cabo-verdianos. A polpa do fruto pode ser consumida ao natural e utilizado na preparação de refresco, sorvetes, saladas, aperitivos, iogurte, mousses, geleias e doces.

A estas novidades junta-se a aposta dos agricultores na modernização dos seus sistemas de produção, particularmente a utilização do sistema de rega gota a gota, que permite o uso mais eficiente de água, a luta biológica contra as pragas e a utilização de variedades melhoradas.

Além disso, o projeto engloba a vertente investigação baseada na introdução de novas variedades de bananeira e ananaseiro, tolerantes às principais doenças, e novas espécies de fruteiras para a realização de testes de adaptação nas estações experimentais, o desenvolvimento de ações no domínio da gestão integrada de doenças e pragas das culturas de bananeira e de mangueira e de inovações tecnológicas geradas pela investigação.

A investigação em meio real abarca a introdução e o acompanhamento do comportamento de novas variedades de bananeira, de mangueira e de ananaseiro, entre outras novas espécies nas bacias hidrográficas da ilha de Santiago, particularmente na Ribeira Seca (zonas da Barragem de Poilão) e nalgumas outras localidades da bacia hidrográfica das Ribeiras de Picos e Engenhos.

De acordo com a fonte do MDR, o projeto “Relançamento da cultura da banana e diversificação da produção agrícola na ilha de Santiago” tem ainda incentivado o ressurgimento de parcerias entre o INIDA e instituições internacionais de renome, como por exemplo o Centro Internacional de Investigação Agrária para o Desenvolvimento (CIRAD).

0 PANA CS/DD 13mai2013