Agência Panafricana de Notícias

UA toma sanções suplementares contra Madagáscar

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- A União Africana (UA) aprovou sanções económicas suplementares contra Madagáscar, enquanto o seu Conselho de Paz e Segurança (CPS) vai reunir-se sexta-feira em Addis Abeba para tomar medidas contra o Presidente autoproclamado do país, Andry Rajoelina.
O comissário da UA para a Paz e Segurança, Ramtane Lamamra, disse que a recusa de Rajoelina de aplicar os acordos assinados com os seus opositores políticos em Maputo e Addis Abeba poderá conduzir a sanções imediatas que podem ir até a proibição de ele se candidatar às próximas eleições presidenciais.
"A 14ª Cimeira da UA tomou medidas para o reforço das acções da UA em caso de mudança de Governo anticonstitucional.
É para este efeito que o Conselho de Paz e Segurança vai reunir-se", declarou Lamamra à imprensa.
Afirmou que mesmo se Rajoelina for autorizado a candidatar-se às próximas eleições presidenciais, as medidas tomadas durante a 14ª Cimeira da UA poderiam aplicar-se contra ele.
"As eleições foram tomadas em conta nos acordos de Maputo e no Acto Suplementar de Addis Abeba.
Mas se tivermos boa memória, Rajoelina disse que ele não podia trabalhar com os outros partidos políticos.
Ele não trabalha ainda de maneira activa no quadro dos acordos de Maputo", disse.
O comissário da UA para a Paz e Segurança indicou que os acordos de Lomé que autorizam a organização panafricana a sancionar os líderes que tomam o poder através de golpe de Estado seriam aplicados contra Andry Rajoelina.