Agência Panafricana de Notícias

UA saúda progressos na luta contra Ébola

Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A União Africana (UA) saudou quarta-feira os esforços da Guiné Conakry, da Libéria e da Serra Leoa, os três países afetados pela epidemia de Ébola, para melhorar a situação nos últimos dias.

A UA regozija-se com estas melhorias embora organizações da sociedade civil manifestam as suas preocupações pelos compromissos assumidos, disse quarta-feira em Assis Abeba comissário para Assuntos Sociais junto da UA, Mustapha Sidiki Kaloko.

"O número de casos registados diariamente baixou nestes três países, sobretudo na Libéria que registou mais progressos na luta contra a doença viral", congratulou-se.

A seu ver, as tendências em curso mostram perspetivas positivas nestes três países os mais afetados pelo vírus mas que "serão brevemente declarados isentos de Ébola".

"Soubemos que, segundo informações recebidas, a Libéria vai poder fazer o mesmo anúncio", declarou Kaloko a jornalistas durante uma conferência de imprensa organizada à margem da 24ª Cimeira da UA.

O departamento de Kaloko coordena os esforços da UA na luta contra esta patologia e esforça-se para mobilizar apoios no continente africano e além a favor dos países afetados.

A UA fez diferentes abordagens para canalizar fundos e apoios técnicos a favor dos três países mais sinistrados, nomeadamente a perspetiva de lançar um "Fundo de Solidariedade para Ébola, anunciou o comissário.

Esta declaração intervém numa altura em que várias organizações da sociedade civil sublinham que a UA deve esforçar-se para levar diferentes países a respeitarem as promessas feitas neste sentido.

O Fundo da UA para Ébola será lançado sexta-feira próxima, segundo dia da Cimeira da UA que vai agrupar os líderes dos 54 países membros, para a sua primeira reunião bianual em 2015.

A organização pan-africana já mobilizou centenas de médicos vindos dos países membros e enviou-os aos três países flagelados no quadro da missão africana de apoio contra a epidemia na África Ocidental.

Esta pior epidemia em África já fez mais de nove mil mortos em um ano, criando assim um maior problema de saúde pública nos três países supracitados e no mundo.

-0- PANA OR/AR/ASA/TBM/SOC/MAR/DD 29jan2015