Agência Panafricana de Notícias

UA reage a indignações relativas a massacres no Sudão do Sul

Addis-Abeba, Etiópia (PANA) – A União Africana (UA) reagiu a uma campanha sobre as mídias sociais lançada no Quénia para obrigar ações urgentes internacionais contra os massacres no Sudão do Sul, pedindo aos ativistas para evocar igualmente os esforços envidados pela organização pan-africana para limitar o banho de sangue.

A campanha lançada pelos quenianos no Twitter fez circular imagens de massacres tribais atrozes que registaram mais de 200 mortos desde 15 de abril último em Bentiu, no Sudão do Sul.

Os jornalistas e bloguistas utilizaram imagens do « Exército branco» do Sudão do Sul leal ao rebelde antigo Vice-Presidente, Riek Machar, e esconderijos de armas para chamar a atenção sobre os massacres.

O Departamento de Paz e Segurança da UA e o Departamento dos Assuntos Políticos instaram diretamente os ativistas a sublinhar os passos dados para limitar o massacre.

Mas, alguns ativistas insistiram que eles pedem ações e não declarações de intenção.

A presidente da Comissão da UA, Nkosozana Dlamini-Zuma , condenou numa declaração divulgada quarta-feira "os ataques deliberados e criminosos" contra os civis em Bentiu, no Estado de Unity, onde 200 pessoas que estavam a buscar refúgio numa mesquita foram mortas e 400 outras ficaram gravemente feridas.

Num ataque separado em Bor, no Estado de Jonglei, 40 pessoas foram mortas depois de grupos de bandidos armados forçarem um recinto da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS), onde pessoas deslocadas encontraram refúgio e proteção.

"Esta tragédia é tanto mais chocante pois acontece numa altura em que esforços estão a ser envidados pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) para facilitar a aplicação do acordo de cessação das hostilidades", declarou Dlamini-Zuma.

A ex-ministra da Justiça do Quénia, Martha Karua, que participou igualmente na campanha, declarou que a UA e a IGAD devem demonstrar a sua pertinência ao cessar os massacres.

« Elas devem envolver-se na galvanização dos apoios para pôr termo ao massacre », declarou no site Twitter Karua, que foi candidata à Presidência do Quénia em março de 2013.

-0- PANA AO/VAO/MTA/TBM/SOC/FK/TON 24abril2014