Agência Panafricana de Notícias

UA denuncia tendência do Ocidente a impor políticas economicas em África

Lilongwe- Malawi (PANA) -- O presidente em exercício da União Africana (UA) e Presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika, denunciou segunda-feira em Lilongwe "a tendência do Ocidente a impor políticas económicas à África".
Falando durante cerimónia de abertura duma cimeira conjunta que reuniu os ministros das Finanças e Planificação Económica e peritos da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (CEA), Mutharika exortou os Presidentes africanos a "ignorarem o Ocidente" e a subsidiarem a sua agricultura para garantir uma segurança alimentar no cotinente africano.
"Uma África com fome é uma África zangada", sublinhou Mutharika estimando que a maioria dos conflitos no continente africano podem estar ligados à pobreza e à crise alimentar recorrente.
o estadista malawi achou triste que, 50 anos após a maioria dos países africanos ter alcançado a independência, o Ocidente ainda imponha políticas ao continente africano.
"Os Governos africanos devem implementar políticas concebidass pelos seus próprios peritos.
O papel do Banco Mundial (BM), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros doadores de fundos deve constitir em apoiar estes esforços.
Mutharika referiu-se a países como a Índia, o Japão, a Coreia do Sul, a Singapura, o México, o Brasil, a África do Sul, o Egipto, entre outros, que realizaram um crescimento económica graças às suas próprias políticas, sem terem adoptado políticas estrangeiras.
A reunião duma semana reúne os ministros das Finanças, da Planificação Económica e do Desenvolvimento dos países membros da UA e peritos da CEA como o principal objectivo de desenvolver estratégias visando reduzir a pobreza no continente aumentando oportunidades de emprego.
Mutharika apelou aos participantes para produzirem um plano de acção e não adoptar uma pletora de resoluções e declarações que vão ficar na gaveta.