Agência Panafricana de Notícias

UA defende levantamento de embargo de armas da ONU contra Somália

Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A União Africana (UA) relançou a sua pressão a favor do levantamento de armas das Nações Unidas contra a Somália, para facilitar o armamento adequado das suas forças e pediu à organização internacional para autorizar o desdobramento de meios militares adicionais.

Num comunicado divulgado quinta-feira, semanas depois duma evolução maior da situação política e militar da Somália, o Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA indicou que o levantamento do embargo de armas e o desdobramento de meios militares suplementares são essenciais.

O Conselho é responsável pela melhoria atual na frente militar na Somália, pois iniciou o processo de mudança do mandato da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) para permitir às tropas combater no terreno.

O CPS, integrado por 15 países africanos que representam cada um bloco regional específico, ressalta que, além do levantamento do embargo de armas, as medidas suplementares são necessárias, incluindo uma nova revisão do mandato da AMISOM para a tornar eficiente.

"Enquanto grandes progressos foram registados, a tarefa a ser cumprida, que será determinada pelo Governo somalí, será mais árdua e mais complexa", sublinha o comunicado divulgado no termo da 37ª reunião do CPS em Addis Abeba, a capital etíope.

De acordo com o comunicado, o CPS defendeu o levantamento da proibição das armas imposta ao Exército somalí, mas sustentou que este embargo deve ser mantido para qualquer ator não estadual a fim de evitar a degradação da situação.

O Exército nacional somalí foi saudado pelas Forças de Defesa Quenianas (KDF) , membros da AMISOM, pela sua grande contribuição para a guerra contra os grupos extremistas, nomeadamente os Al-Shabaab, que foram expulsos da sua base.

O CPS pediu igualmente à ONU para autorizar o desdobramento duma unidade marítima dotada duma componente civil para servir na Somália.

Num ambiente militar, uma componente civil no seio da missão deverá, graças a iniciativas políticas e sociais, favorecer a estabilidade.

Os diplomatas da UA preconizaram igualmente o desdobramento de todos os esforços possíveis para reconstruir a Somália através da comissão de construção da paz da ONU.

Além da sua advocacia para uma análise trimestral das necessidades da Somália em matéria de segurança, o CPS apelou à aplicação total do plano de apoio da ONU para este país do Corno de África.

-0- PANA AO/VAO/NFB/JSG/CJB/TON 12out2012