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UA defende investimento na agricultura e indústrias agroalimentares em África

Addis Abeba, Etiópia (PANA) - Para que África realize pelo menos sete porcento de crescimento (inclusivo e apoiado) do seu Produto Interno Bruto (PIB), a agricultura e as indústrias agro-alimentares são fatores essenciais que todos os países africanos devem levar a sério este ano, defendeu a presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, na abertura em Addis Abeba da 24ª reunião ordinária do Conselho Executivo da organização pan-africana.

Dlamini-Zuma convidou, segunda-feira, todos os países africanos a aumentar este ano o investimento público na agricultura e a produtividade agrícola para realizar o Programa Detalhado de Desenvolvimento da Agricultura Africana (PDDA) de 2003.

Os objetivos incluem o desenvolvimento do agro-business e das cadeias de valor no setor agrícola, o reforço das infraestruturas e das competências, mas igualmente o estímulo da pesquisa agrícola.

Os dirigentes africanos declararam 2014 "Ano da Agricultura e Segurança Alimentar" e a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo que deve decorrer esta semana será baseada neste tema como ponto de convergência para impulsionar a mudança no continente.

Dlamini-Zuma informou o Conselho Executivo que a CUA vai tomar medidas especiais para se assegurar de que as mulheres, que são a primeira mão-de-obra agrícola e as maiores produtoras em África, tenham acesso ao capital e à formação.

Para ela, as mulheres devem ser apoiadas para desenvolverem cooperativas, estruturas de distribuições e empresas agro-alimentares.

"A Comissão vai insistir este ano nestas questões, trabalhando com outros organismos continentais como a Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), as Comunidades Económicas Regionais e a sociedade civil", precisou.

Segundo a Presidente da CUA, o comércio e as relações económicas entre África e o resto do mundo figuram na primeira categoria das prioridades.

"Devemos tomar medidas práticas para assegurar-nos de que África tenha mais a sua palavra a dizer na fixação dos preços dos nossos produtos e alimentos", considerou.

"Estamos mais que nunca convencidos hoje de que vamos fracassar em eliminar a pobreza, as doenças, os conflitos e a fome e oferecer uma vida melhor às populações do continente se não realizarmos uma grande integração das nossas economias", sublinhou.

"A nossa parceira com o mundo deve, por conseguinte, melhorar e não enfraquecer estas prioridades", acrescentou a Presidente da Comissão da União Africana.

-0- PANA AR/VAO/NFB/JSG/IBA/MAR/TON 28jan2014