Agência Panafricana de Notícias

UA condena violências na Líbia e reitera seu apoio a Governo de Transição

Tripoli, Líbia (PANA) – A presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, condenou os atos de violências na Líbia que causaram a morte de numerosas pessoas em Tripoli e em Benghazi, tendo garantido o apoio da organização pan-africana ao Governo de transição, segundo um comunicado publicado esta quinta-feira pela imprensa líbia.

No comunicado, a presidente da CUA congratulou-se com as consultas realizadas pelo emissário especial da UA na Líbia, Mohamed Daleita, antigo primeiro-ministro do Djibuti, durante a sua visita efetuada de 10 a 26 de julho corrente à Líbia, à Tunísia, ao Egito, à Argélia e ao Níger.

Nkosazana Dlamini-Zuma afirmou que o emissário especial da UA pretendia deslocar-se brevemente ao Sudão e ao Tchad para efetuar concertações com os responsáveis dos dois países sobre a Líbia.

A presidente da CUA sublinhou também o prosseguimento do apoio da UA aos esforços envidados pelo Governo de transição na Líbia para alcanlçar a paz e pôr termo aos atos de violências entre os beligerantes através dum diálogo inclusivo para consolidar a transição democrática no país.

No comunicado, Nkosazana Dlamini-Zuma indicou que ela espera os resultados da reunião de altos responsáveis na Tunísia em coordenação com o Egito, prevista para 6 de agosto próximo no Cairo com a participação da UA.

Em meados de julho, uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países vizinhos da Líbia (Tunísia, Níger, Tchad, Sudão, Argélia e Egito) e delegados da UA e da Liga Árabe decidiu a formação de duas comissões destinadas a encorajar a organização dum diálogo nacional inclusivo e a coordenar cada vez mais sobre as questões de segurança das fronteiras.

O grupo dos seis países vizinhos da Líbia foi formado em junho último à margem da 23ª cimeira da União Africana em Malabo, na Guiné Equatorial.

A Líbia regista desde 2011 uma insegurança persistente alimentada pela proliferação de armas e pela ausência de órgãos de segurança estatais.

Esta situação foi agravada pelos confrontos entre milícias em torno do aeroporto de Tripoli desde 13 de julho último e pelos combates em Benghazi, desde 16 de maio ultimo, com a operação militar entre as tropas do general aposentado do Exército, Khalifa Haftar, e as milícias islamitas.

-0- PANA/BY/BEH/FK/TON 31 julho 2014