Agência Panafricana de Notícias

UA condena repressão de manifestações no Tchad

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, condenou quinta-feira a repressão das manifestações que fez vários mortos no Tchad, segundo a imprensa local.

"Condeno firmemente a repressão das manifestações que causaram a morte de homens no Tchad. Apelo às partes para respeitarem as vidas humanas e bens e favorecerem as formas pacíficas de superar a crise", escreveu num twitter Faki Mahamat, que, por sinal, é um cidadão tchadiano.

A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) e suas ligas no Tchad também pediram o fim imediato da repressão violenta das manifestações em curso em NDjamena, Sarh, Doba, Koumra, Abeche e Moundou pelas forças de segurança.

Manifestações violentas eclodiram esta quinta-feira em vários distritos de Ndjamena, capital do Tchade, contra a transição, apesar da proibição das autoridades chadianas no dia anterior, informou a imprensa local.

Acrescentou que várias pessoas já foram mortas durante a repressão destas convulsões.

"Os manifestantes saíram muito cedo esta quinta-feira de manhã em vários bairros da capital, respondendo ao apelo de várias organizações para exigirem a transferência do poder para civis, no final do período inicial de 18 meses de transição", escreveu a imprensa online tchadiana Alwihda Info.

Várias pessoas foram mortas e outras ficaram feridas nessa confusão, de acordo com a imprensa local.

"Quatro mortes foram contabilizadas nas fileiras dos manifestantes em N'djamena esta manhã. Manifestações contra a transição de Mahamat Idriss Déby finalmente aconteceram em vários bairros da capital do Tchad", informou a rádio alemã DW.

A violência ocorreu esta manhã no Tchad, e foram usadas armas letais contra manifestantes, o que a França condena, escreveu a sua Embaixada no Tchad.

"A França não desempenha nenhum papel nestes eventos, que são estritamente uma questão da política interna do Tchad. Falsas informações sobre um suposto envolvimento da França não tem fundamento", segundo a mesma fonte.

-0- PANA TNDD/JSG/MAR/DD 20out2022