Agência Panafricana de Notícias

Tunísinas, primeiras "vítimas" de operações de repatriamento forçado na Itália, dizem dados

Túnis, Tunísia (PANA) - Mais de seis mil Tunisinos foram detidos nas costas italianas e cinco mil outros nos centros de detenção, fazendo destes cidadãos as primeiras "vítimas" das operações de repatriamento forçado diante das de outras nacionalidades, segundo estatísticas do Fórum Tunisino dos Direitos Económicos e Sociais publicadas sexta-feira.

Numa conferência sobre "a situação dos migrantes e dos refugiados na Tunísia e na região", o Fórum pediu ao Governo tunisino que envolvesse os média e a sociedade civil no acolhimento das pessoas repatriadas, defendendo ao mesmo tempo necessidade de se reverem acordos entre a Tunísia e a União Europeia nesta matéria.

De acordo com o Fórum, mais de seis mil Tunisinos chegaram à Itália em 2018 e mais de quatro mil tentativas de emigração clandestina foram frustradas.

Em relação à migração de cérebros, o número de emigrantes, de 2011 até ao momento, atingiu 90 mil pessoas, acrescentou o Fórum.

O Presidente desta entidade, Massoud Ramadani, indicou que a mesma e outras organizações da sociedade civil escreveram ao Presidente da República, Beji Caid Essebsie, e ao primeiro- ministro, Youssef Chahed, convidando-lhes a assinarem o pacto internacional para a proteção dos emigrantes e suas respetivas famílias.

-0- PANA YY/IN/DIM/DD 15dez2018