Agência Panafricana de Notícias

Tribunal especial sobre Serra Leoa condena ex-chefes rebeldes

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- O Tribunal Especial sobre a Serra Leoa financiado pelas Nações Unidas condenou, segunda-feira, três antigos chefes rebeldes a penas de 25 a 50 anos de prisão por crimes de guerra.
Foram condenados Issa Sesay, Morris Kallon e Augustine Gbao respectivamente a 52, 40 e 25 anos de prisão, segundo um comunicado do Tribunal Especial da Serra Leoa a que a PANA teve acesso.
A nota sublinha que os três chefes rebeldes da Frente Unida Revolucionária (RUF) já tinham sido condenados em Abril passado por um outro tribunal igualmente por crimes de guerra.
As condenações foram pronunciadas por maioria de votos do Tribunal de Apelação que declarou igualmente reconhecer a responsabilidade dos antigos líderes rebeldes por atrocidades de guerra, massacres, violações e mutilações durante uma década.
O Tribunal Especial sobre a Serra Leoa foi instaurado em 2002 no termo da guerra civil que eclodiu em 1991 neste país da África Ocidental.
Relatórios apontam para cerca de 120 mil pessoas mortas e milhares de outras mutiladas nestas sangrentas violências.
O Tribunal processou igualmente o antigo Presidente liberiano, Charles Taylor, pela sua implicação na guerra civil na vizinha Serra Leoa.
Taylor é nomeadamente acusado de ter fornecido armas e outro tipo de apoio aos rebeldes da Serra Leoa em troca de diamantes durante a guerra civil na Libéria entre 1989 e 2003.