Agência Panafricana de Notícias

Taxa de incidência de covid-19 passa a 348 casos por 100 mil habitantes em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - A taxa de incidência da covid-19 em Cabo Verde está atualmente nos 348 casos por 100 mil habitantes contra os 178 casos por 100 mil habitantes na semana passada, apurou a PANA terça-feira de fonte segura.

Em conferência de imprensa semanal para fazer o ponto da situacao da pandemia no arquipélago, o diretor nacional de Saúde, Jorge Barreto, revelou que, na ultima semana, foram encontrados mil 959 novos casos positivos em 13 mil 69 amostras analisadas pelos laboratórios de virologia do país.

"Isso dá uma taxa de positividade de 15 por cento e uma média de 140 casos positivos por dia", referiu.

Entretanto, o  Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, advertiu, nessa ocasião, que se os casos de covid-19 continuarem a aumentar, logo a seguir ao fim da campanha eleitoral, a 18 de abril corrente, vai proporcionar um encontro com autoridades de saúde e responsáveis políticos para reavaliar o estado sanitário declarado.

“A alteração das medidas pode estar em causa e nada estará fora de questão”, preveniu Jorge Carlos Fonseca em declaração à imprensa.

Manifestou-se preocupado com o aumento de número de casos de covid-19.

A seu ver, o problema não está na intensidade das medidas, mas no cumprimento daquelas que são adequadas em cada momento, de modo a evitar uma situação “incontrolável” para os serviços de saúde.

“Portanto, é preciso reforçar a fiscalização, evitar  aglomerações. E se isso não acontecer, se os resultados não se alterarem a breve trecho, o que o Presidente da República pode e irá fazer é chamar as autoridades de saúde, autoridades políticas, fazer uma reavaliação e, aí, a alteração das medidas pode estar em causa e, neste caso, nada estará fora de questão”, alertou.

Segundo o chefe do Estado, o estado de emergência constitucional é um último recurso já que traz “muitas dificuldades e inúmeros inconvenientes.”

Mas, prosseguiu, para o evitar é preciso haver atitudes diferentes.

“Eu sei que quando se fala do estado de emergência, as pessoas ficam logo sobressaltadas, O estado de emergência constitucional é um último recurso, o que não é bom, eu tenho consciência disso. Não é bom para as democracias, sobretudo numa situação como a nossa. O país tem muitas debilidades sociais e económicas, há muita gente que vive do comércio informal, de expedientes, do pequeno comércio. Não podemos dizer nunca mais. Mas, não tenho isso em mente, evitemos ter que voltar ao estado tão excecional”, exotou.

Quanto à campanha eleitoral, o Presidente reforçou que, embora seja importante, nada é mais importante do que salvaguardar as vidas humanas e garantir a saúde dos Cabo-verdianos.

Conforme referiu, devem ser cumpridas as medidas, evitadas aglomerações de pessoas, mesmo havendo atividades de campanha.

“Os responsáveis políticos têm de ter cuidado de que as pessoas usem máscaras, evitem comportamentos que necessariamente levem à propagação do contágio. Mas, fora das campanhas eleitorais, o acesso às praias, às festas particulares, tem que haver mais efetiva e mais larga fiscalização das medidas por parte das autoridades. Penso que deve haver um reforço imediato deste tipo de fiscalização”, apelou.

-0- PANA CS/DD 14abr2021