Agência Panafricana de Notícias

Taxa de crescimento dos Camarões estagna em 4 porcento, segundo FMI

Yaoundé, Camarões (PANA) - Como a maior parte dos países da África Subsariana, os Camarões resistiram bem à crise mundial, com uma taxa de crescimento de cerca de quatro porcento, indicou o representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ekué G.Kpodar, na apresentação das Perspetivas Económicas para a África Subsariana pela sua instituição.

O espaço fiscal e as outras margens de manobras permitiram uma política orçamental mais expansionista com um excedente orçamental (fora doações) de um porcento em 2008 que deixa passar um défice orçamental de um porcento em 2009 e que é esperado em cerca de cinco porcento em 2010.

Esta situação económica foi apoiada pela manutenção das despesas orçamentais a níveis elevados apesar de alguns problemas de financiamento, um apoio a alguns setores chaves, por uma manutenção das despesas públicas, uma política monetária atenciosa marcada pela baixa progressiva das taxas do Banco dos Estados da África Central (BEAC).

Segundo o FMI, as prioridades e os desafios a curto e médio prazos para os Camarões são a reconstrução das margens de manobras, a manutenção da estabilidade macroeconómica, a diversificação das bases de produção e exportação para reduzir a forte dependência à economia mundial e as vulnerabilidades.

Trata-se igualmente de acelerar as reformas estruturais, reforçar a competitividade da economia e a sua produtividade, definir uma política viável de endividamento, assegurar a qualidade dos investimentos e uma alocação ótimizada dos recursos disponíveis, reduzir o problema infraestrutural, investir no capital humano e reduzir as desigualdades sociais, melhorar o clima dos negócios e promover o setor privado.

ALém disso, a instituição sugere ao país promover uma política industrial e agrícola apropriada; diversificar a base de produção e de exportação, reduzir as importações de produtos alimentares em benefício dos bens de investimento, base do crescimento; aumentar a taxa de investimento e a qualidade da despesa pública; reforçar a mobilização dos recursos internos, melhorar a intermediação financeira e aumentar o acesso ao crédito.

-0- PANA EB/TBM/MAR 02Dez 2010