Agência Panafricana de Notícias

Sondagem dá vitória a partido no poder em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- Uma sondagem divulgada sexta-feira indica que o Governo em funções em Cabo Verde é avaliado positivamente pelos Cabo-verdianos e que se as eleições legislativas, previstas para 2011, fossem hoje o actual partido no poder venceria com uma maioria absoluta de até 44 porcento dos votos.
A sondagem, realizada pela empresa MGF - Estudos de Pesquisas de Opinião, entre os meses de Julho e Setembro deste ano, é ainda mais favorável ao primeiro-ministro José Maria Neves que, nesse momento, obtém a aprovação de 70 por cento dos Cabo-verdianos.
Os resultados deste estudo de opinião, divulgados na edição de sexta- feira do jornal "A Semena", dão conta de que a intenção de votos em relação ao Movimeno para a Democracia (MpD), maior partido da oosição, situa-se nos 32 porcento, enquanto a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), o terceiro partio cabo- verdiano com assento parlamentar, não passaria dos três porcento.
A sondagem revela também que se as eleições legislativas se realizassem neste momento a taxa de abstenção se situaria à volta dos 20 porcento.
De acordo com o estudo, que se baseou na realização de entrevistas individuais a 13 mil e 689 inquiridos nos 22 concelhos do arquipélago, José Maria Neves é o líder político que inspira maior confiança aos Cabo-verdianos, ao reunir 49 porcento dos votos dos inquiridos.
O recém regressado líder do MPD, Carlos Veiga, é preferido por 30 porcento dos Cabo-verdianos para formar o próximo Governo que sairá das eleições, previstas para o primeiro trimestre de 2011.
O antigo líder do MPD, Jorge Santos, recolhe apenas 5 porcento das intenções de voto, o mesmo resultado atribuído ao presidente da UCID, António Monteiro.
Quando questionados sobre a forma como Cabo Verde vem sendo governado, 73 porcento dos inquiridos responderam que o país está no "caminho certo", contra 18 porcento daqueles que apresentaram uma percepção diferente.
Esta songadem, encomendada pelo Partido Africano da Independênca de Cabo Verde (PAICV, no poder) para avaliar o seu desempenho enquanto partido no Governo, não abrangeu os eleitores cabo-verdianos no estrangeiro nem as intenções de voto relativas às eleições presidenciais que terão lugar também em 2011.
A data deste escrutínio irá depender daquilo que ficar decidido no âmbito da revisão da Constituição cujo processo deve ser concluído em Dezembro próximo.