Agência Panafricana de Notícias

Sinistralidade rodoviária aumenta consequências humanas e sociais em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - A sinistralidade rodoviária em Cabo Verde apresentou, na última década, uma tendência de crescimento não só a nível do número de sinistros como das consequências humanas e sociais para o país, apurou a PANA, sábado, de fonte oficial.

Segundo o ministro cabo-verdiano da Administração Interna, Paulo Rocha, nesse período mais de 3.500 acidentes de viação tiveram lugar em Cabo Verde, com cerca de 8.500 feridos e 619 mortos, apesar do número de vítimas mortais ter diminuído de 41 em 2016 para 30 em 2017.

O governante presidia, na ilha do Sal, a uma conferência sob o lema “Efeitos do Consumo de Álcool na Condução”, no âmbito da celebração do Dia Nacional de Segurança Rodoviária,

“Que todos nós cultivemos as boas práticas na condução e sobretudo que todos os utentes das estradas, rodovias, caminhos carroçáveis, adotem posturas e condutas defensivas em prol da vida”, apelou.

Face ao panorama que o pais vive em termo de sinistralidade rodoviária, o governante revelou que, embora o atual Código da Estrada dê resposta a algumas exigências, a Direção-Geral dos Transportes Rodoviários, na linha das boas práticas e recomendações da ONU, está a proceder à sua revisão de forma a introduzir novos limites e restrições em algumas áreas.

Neste sentido, ele apontou algumas restrições que, disse acreditar, permitirão reduzir, “significativamente”, o risco de colisões e mortes nas estradas, nomeadamente a redução do limite de velocidade dentro das localidades, a baixa da tolerância 0,05 gramas por decilitro de sangue para zero, para os condutores profissionais.

No entanto, Paulo Rocha considera que a grande novidade na revisão do Código vai ser a introdução da carta por pontos.

Todavia, segundo o titular da pasta da Administração Interna, de nada servirão todas as medidas legislativas se não houver uma fiscalização eficaz e permanente.

Para o efeito, ele considera necessário que cada setor assuma, na “plenitude”, as responsabilidades que lhes são atribuídas por força da lei.

“Que as boas práticas sejam não só um caminho, mas sim um objetivo em prol da vida humana e dos valores da vida”, concluiu.

-0- PANA CS/IZ 02dez2018