Agência Panafricana de Notícias

Serviços de Segurança líbios libertam jornalistas da agência Libyapress

Tripoli- Líbia (PANA) -- Os cerca de 20 jornalistas da agência privada líbia de notícias "Libyapress", detidos sexta-feira última pelos Serviços de Segurança Interna líbios, foram libertados segunda-feira à noite por instrução do líder líbio, Muamar Kadafi, que teria ordenado um inquérito sobre este caso, anunciou terça-feira o jornal "Ouryna".
A agência Libyapress pertence ao Grupo de imprensa "Al-Ghad" que é dirigido por Seif Ul-Islam Kadafi, um dos filhos do líder líbio.
Os jornalistas teriam sido bem tratados, segundo o diretor adjunto do Grupo "Al-Ghad", Faouzi Beltamar, que cita o jornal "Quryna" que pertence ao mesmo Grupo.
O chefe de Redação da Libyapress, Fayez Soueiri, confirmou que os jornalistas "foram bem tratados durante a detenção".
O caso teria partido de duas informações divulgadas pela agência sobre declarações dum responsável dos Comités Revolucionários Líbios e sobre os refugiados líbios na Grã-Bretanha.
Quinta-feira última, a Libyapress divulgou uma informação revelando que um alto responsável dos Comités Revolucionários Líbios teria apelado para que se impedisse os Líbios que viviam no estrangeiro, e que decidiram finalmente regressar ao país, de ocupar postos chaves no circuito do Estado.
Este apelo constitui uma oposição clara, segundo os analistas, ao projeto de Seif Ul-Islam conhecido sob o nome de "Libya Al-Ghad"(Líbia de Amanhã)".
A Agência acrescentou que este responsável, Ahmed Ibrahim, realizou uma série de encontros para mobilizar apoio com vista à criação duma "associação política" na Líbia que se opõe também à abertura económica registada pelo país, para além da ocupação pelos líbios regressados do estrangeiro de postos de direção.
Lembre-se que o sindicato dos jornalistas de Tripoli exortou o líder Muamar Kadafi a intervir para libertar os jornalistas da Libyapress.
Várias outras instituições das quais a Organização Nacional da Juventude Líbia, que é um dos principais acionistas do Grupo "Al-Ghad", e a Agência Libyapress pediram igualmente a intervenção do líder líbio.