Agência Panafricana de Notícias

Serra Leoa defende intervenção da UA contra bloqueio ligado a Ébola

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O novo embaixador da Serra Leoa junto da União Africana (UA), Osman Keh Kamara, em Addis Abeba, defendeu uma intervenção urgente desta organização continental para pôr termo ao fecho das fronteiras e à anulação dos voos com destino aos países afetados pelo vírus de Ébola.

O embaixador Karama que apresentava, quinta-feira, as suas cartas credenciais à presidente da Comissão da UA (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, deplorou o encerramento das fronteiras e a anulação dos voos com destino aos países afetados pela doença.

O representante diplomático da Serra Leoa declarou que a anulação dos voos poderá minar os esforços de integração do continente e apelou para o diálogo sobre esta questão.

As companhias aéreas internacionais das quais a Kenya Airways, a South African Airways, a Air France e a British Airways anularam todas as suas ligações para a Serra Leoa e a Libéria, dois países mais afetados pela epidemia.

A Comissão da UA declarou, quinta-feira, que ela está determinada a ajudar os países afetados na luta contra a doença do vírus de Ébola que já fez cerca de mil e 500 mortos.

Dlamini-Zuma declarou ao embaixador da Serra Leoa que a organização pan-africana está preocupada com a epidemia de Ébola, as suas consequências e as ripostas já dadas pelos Estados.

"Os nossos pensamentos vão às populações da Serra Leoa e dos outros países afetados", declarou a responsável da CUA.

Ela afirmou que a Serra Leoa e os outros países afetados estão confrontados com problemas para controlar a epidemia.

A maioria dos estabelecimentos escolares dos países afetados pela doença de Ébola continuam encerrados e os mercados e as concentrações públicas estão proibidos devido à propagação rápida do vírus.

O Conselho de Paz e Segurança da UA autorizou, na semana passada, o envio duma missão mista composta por militares e civis sob a égide da UA para fazer face à situação de emergência provocada pela epidemia de Ébola e para garantir de que o vírus esteja sob controlo.

A missão vai agrupar médicos, enfermeiros e outros agentes da saúde e um pessoal paramédico.

A operação, que vai durar seis meses com uma rotação mensal de voluntários, vai custar mais de 25 milhões de dólares americanos, e o Governo norte-americano e os parceiros prometeram fornecer uma parte substancial à UA, anunciou a organização continental.

-0- PANA AO/MA/ASA/IS/FK/IZ 29ago2014