PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Seita Boko Haram desmente laços com políticos e anuncia novos ataques na Nigéria
Lagos, Nigéria (PANA) – No mesmo dia em que o Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan prometia que a seita extremista islâmica Boko Haram iria em breve pertencer ao passado, este grupo negou manter laços com personalidades políticas do país e anunciou novos ataques, desta vez contra sedes de partidos e altos responsáveis políticos.
Segundo um comunicado da Presidência, Jonathan disse quinta-feira, durante uma reunião em Paris, em França, que "brevemente, a onda Boko Haram será travada".
Acrescentou que as recentes detenções dos seus membros enfraqueceram o grupo, nomeadamente no Estado de Níger, no norte do país.
O Presidente fez estas declarações no dia seguinte à detenção do senador Al Ndume, que foi acusado de terrorismo num tribunal de Abuja, na sequência de revelações de um membro detido da Boko Haram de que a seita era apoiada por políticos, incluindo Ndume.
Todavia, a Boko Haram declarou quinta-feira não ter nenhum laço com políticos nigerianos e que vai prová-lo em breve, visando como próximos alvos altos responsáveis políticos bem como as sedes dos seus partidos.
O jornal local "Leadership" noticiou sexta-feira que o Presidente Jonathan, o presidente do Senado, David Mark; o ex-governador do Estado de Borno, Ali Modu Sheriff, identificado como um dos patrocinadores da seita, e o presidente do Partido Democrático Popular (PDP, no poder), Abubakar Baraje, figuravam na lista da seita.
Segundo este jornal, o porta-voz adjunto da Boko Haram, Abul Qaga, dirigiu-se aos jornalistas durante uma teleconferência em Maiduguri, a capital do Estado de Borno (norte), feudo da Boko Haram.
Ele disse que a seita considerava todos os políticos, qualquer que seja o seu partido, como a mesma coisa, e que tanto Sheriff como Ndume, seus presumíveis apoios, não valiam mais do que Jonathan, Mark e os outros que figuravam há muito tempo na sua lista e que serão eliminados logo que possível.
O porta-voz da seita confirmou igualmente os laços do seu grupo com a rede terrorista internacional Al-Qaeda fundada pelo defunto Osama Bin Laden.
"Quanto à afirmação do embaixador de França de que temos laços com a Al Qaeda, não vamos negá-lo, pois qualquer pessoa ou grupo de pessoas no mundo que partilha a nossa visão e a nossa missão sobre o Islão e a Jihad merece a nossa solidariedade e, por esta razão, conhecendo ou não os membros da Al Qaeda, estes são nossos irmãos e podemos dizer que estamos ligados a eles neste sentido.
"De facto, estamos ligados e vamos continuar a manter esta relação. Temos o seu apoio no quadro da nossa missão e os assistimos quando necessário. O embaixador não mentiu neste sentido", sublinhou.
A Boko Haram, que significa "a educação ocidental é um pecado", perpetrou uma série de atentados à bomba na Nigéria este ano, dos quais o atentado suicída de agosto passado contra a sede da ONU em Abuja, capital federal nigeriana, que fez 24 mortos.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 25nov2011
Segundo um comunicado da Presidência, Jonathan disse quinta-feira, durante uma reunião em Paris, em França, que "brevemente, a onda Boko Haram será travada".
Acrescentou que as recentes detenções dos seus membros enfraqueceram o grupo, nomeadamente no Estado de Níger, no norte do país.
O Presidente fez estas declarações no dia seguinte à detenção do senador Al Ndume, que foi acusado de terrorismo num tribunal de Abuja, na sequência de revelações de um membro detido da Boko Haram de que a seita era apoiada por políticos, incluindo Ndume.
Todavia, a Boko Haram declarou quinta-feira não ter nenhum laço com políticos nigerianos e que vai prová-lo em breve, visando como próximos alvos altos responsáveis políticos bem como as sedes dos seus partidos.
O jornal local "Leadership" noticiou sexta-feira que o Presidente Jonathan, o presidente do Senado, David Mark; o ex-governador do Estado de Borno, Ali Modu Sheriff, identificado como um dos patrocinadores da seita, e o presidente do Partido Democrático Popular (PDP, no poder), Abubakar Baraje, figuravam na lista da seita.
Segundo este jornal, o porta-voz adjunto da Boko Haram, Abul Qaga, dirigiu-se aos jornalistas durante uma teleconferência em Maiduguri, a capital do Estado de Borno (norte), feudo da Boko Haram.
Ele disse que a seita considerava todos os políticos, qualquer que seja o seu partido, como a mesma coisa, e que tanto Sheriff como Ndume, seus presumíveis apoios, não valiam mais do que Jonathan, Mark e os outros que figuravam há muito tempo na sua lista e que serão eliminados logo que possível.
O porta-voz da seita confirmou igualmente os laços do seu grupo com a rede terrorista internacional Al-Qaeda fundada pelo defunto Osama Bin Laden.
"Quanto à afirmação do embaixador de França de que temos laços com a Al Qaeda, não vamos negá-lo, pois qualquer pessoa ou grupo de pessoas no mundo que partilha a nossa visão e a nossa missão sobre o Islão e a Jihad merece a nossa solidariedade e, por esta razão, conhecendo ou não os membros da Al Qaeda, estes são nossos irmãos e podemos dizer que estamos ligados a eles neste sentido.
"De facto, estamos ligados e vamos continuar a manter esta relação. Temos o seu apoio no quadro da nossa missão e os assistimos quando necessário. O embaixador não mentiu neste sentido", sublinhou.
A Boko Haram, que significa "a educação ocidental é um pecado", perpetrou uma série de atentados à bomba na Nigéria este ano, dos quais o atentado suicída de agosto passado contra a sede da ONU em Abuja, capital federal nigeriana, que fez 24 mortos.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 25nov2011
