Agência Panafricana de Notícias

Seis finalistas disputam concurso são-tomense de música Vozes D'Obô

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) -Seis finalistas disputam sábado próximo o prémio do concurso musical são-tomense "Vozes D'Obô, cuja gala terá lugar, no Palácio dos Congressos ,na capital são-tomense.

“Foi muito desafiador, tivemos contacto com música que a gente nem sequer conhecia. No meu caso, tive contacto com uma música muito antiga e buscar essas músicas foi muito difícil”. afirmou Josilaica das Neves, uma das finalistas apuradas dos 200 concorrentes iniciais.  

“Constatei que estamos a perder muitas música nacionais, não estamos a dar valor”, disse a jovem talento que promete ganhar o concurso vocacionado para resgatar os valores culturais e a identidade nacional, com recurso às línguas crioulas, maternas de São Tomé e Príncipe, forro, anguenè, linguiê e o crioulo cabo-verdiano.

Por seu turno, Yanira Tiny, outra finalista, prometeu dar o melhor de si como comprometimento assumido perante o público, visando conquistar o premio avaliado em mil 500 euros.

Ao valor pecuniário do prémio acresce-se a gravação de três vídeoclips, além do contrato de agenciamento com a "On Time Entertainment".

Os seis finalistas foram apurados na gala semifinal realizada sábado último, no auditório do Centro Cultural Brasil São Tomé e Príncipe.

“Foi um pouco difícil, porque tive de ensaiar. Procurar saber o que a música retracta foi um desafio bastante grande”, conta Micael Lima, outro finalista do concurso.

Sorridente por ter passado para a final, Lima diz que Vozes D'Obô é um projeto que vai de encontro à sua expetativa e que ele espera lançar-se no mundo da música através deste concurso.

Para Luisélio Pinto, o projeto tem sido, desde a sua aprovação e execução, “uma aprendizagem e desafio permanente.”

Explica que ao longo do concurso tem aparecido despesas maiores do que orçamento previsto.

“Estamos a fazê-lo não necessariamente com todos os apoios que gostaríamos de ter, com todos os recursos de que precisávamos”, assegurou Pinto que procura dar o melhor de si para o sucesso do programa.

“Decidimos avançar para provar a nós próprios que conseguimos e provar e demostrar à sociedade que, mesmo quando não temos esses recursos de que nós precisamos, que julgamos precisar, conseguimos sempre dar o ponta pé de saída.”

Vozes de D'obô é financiado pela União Europeia (UE), em parceria com o Instituto Camões e a rede de embaixadas da UE.

-0- PANA RMG/IZ 09maio2022