Agência Panafricana de Notícias

Seis chefes de Estado confirmam presença em funeral de Etienne Tshisekedi na RDC

Kinshasa, RD Congo (PANA) – Seis chefes de Estado confirmaram a sua presença no funeral do opositor histórico da República Democrática do Congo (RDC), Etienne Tshisekedi wa Mulumba, previsto para 31 de maio a 1 de junho de 2019, soube-se, esta quarta-feira, de fontes oficais.

Trata-se dos Presidentes Denis Sassou Nguesso do Congo Brazzaville, João Lourenço de Angola, Edgar Lungu da Zâmbia, Faure Gnassingbé do Togo, Alpha Condé da Guiné Conakry e Paul Kagame do Rwanda.

O Presidente da RDCongo, Felix Antoine Tshisekedi Tshilombo, far-se-á acompanhar da sua esposa e duma forte delegação de personalidades congolesas.

O Presidente João Lourenço far-se-á acompanhar do ministro angolano do Interior.

Várias personalidades, tanto nacionais como internacionais, assistirão a estas exéquias.

Segundo o coordenador geral do comité de organização do evento, Lucien Lundula, a dimensão do evento deve corresponder ao ícone Tshisekedi, cuja influência ultrapassou as fronteiras congolesas. 

Os restos mortais de Etienne Tshisekedi serão repatriados a 30 maio de 2019 e sepultados a 1 de junho próximo.

A 30 de maio corrente, o corpo sem vida será conduzido em procissão para o Estádio dos Mártires, em Kinshasa, capaz de acolher 80 mil pessoas, para um recolhimento popular, uma missa e um velório aberto ao público.

A 1 de junho, uma cerimónia oficial e uma « grande missa solene » serão celebradas no Estádio dos Mártires.

Os restos mortais do antigo opositor serão depois sepultados à tarde do mesmo dia no monumento funerário de N’Sele, um subúrbio de Kinshasa.

Ex-primeiro-ministro do finado Presidente Mobutu Sese Seko, nos anos 1960, Tshisekedi passou para a oposição, tendo cofundado a União para a Democracia e Progresso Social (UDPS), em 1982. 

Etienne Tshisekedi opôs-se aos Presidentes Mobutu, Kabila pai e filho.

Os restos mortais de Tshisekedi, falecido em pleno período de tensões políticas, sob o então regime do Presidente Joseph Kabila, estiveram conservados, desde então na capital belga, devido a um desacordo político entre o antigo regime e a família do finado sobre o seu repatriamento e a organização do funeral.

-0- PANA KON/IS/FK/DD 29maio2019