Agência Panafricana de Notícias

Secretário-Geral da ONU desapontado com impasse nas negociações no Sudão do Sul

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou a sua desilusão com a ausência de pogressos nas negociações de paz no Sudão do Sul e com a incapacidade do Presidente Salva Kiir e do antigo Vice-Presidente, Riek Machar, de adotarem "uma posição de estadistas" e chegarem a um acordo de partilha do poder.

Um comunicado das Nações Unidas divulgado este fim de semana, em Nova Iorque, indica que o Secretário-Geral da organização das Nações Unidas (ONU) conversou, nos últimos dois dias, com todos os dirigentes interessados para instá-los a prosseguir as negociações, chamando a sua atenção para a necessidade de conseguir um acordo definitivo.

Afirmou que apreciava os esforços envidados e o papel essencial desempenhado pelo órgão regional, a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) e os seus emissários especiais para o regresso da paz ao Sudão do Sul, sublinhando que apoiava igualmente a intenção da IGAD de estender esta mediação a outros parceiros.

O Secretário-Geral recordou igualmente a recente resolução do Conselho de Segurança da ONU e a sua intenção de impor sanções dirigidas a indivíduos e entidades que não cumprem com o Acordo de cessação das hostilidades de 23 de janeiro de 2014.

As negociações de paz foram levadas a cabo sob os auspícios da IGAD, que fixou a data limite de 05 de março para a sua conclusão.

A situação de segurança do mais jovem país do mundo degradou-se de modo regular, ao longo do ano passado, desde que as disputas políticas internas começaram entre os dois líderes em dezembro de 2013.

A crise no Sudão do Sul fez cerca de um milhão e 900 mil mortos e expôs mais de sete milhões à fome e doenças. Um recente acordo de paz entre as frações beligerantes fez prever o fim definitivo de um ano de conflito.

A ONU indicou que as suas bases em todo o Sudão do Sul albergam atualmente mais de 110 mil deslocados internos além dos cerca de um milhão e 500 mil já espalhados em todo o país e dos 500 mil no estrangeiro.

-0- PANA AA/MA/FJG/JSG/CJB/IZ 08mar2015