Agência Panafricana de Notícias

São Tomé e Príncipe avança para estado de calamidade

São Tomé, São Tomé e Príncipe- (PANA)- O Governo são-tomense já vai anunciar o estado de calamidade no país, após o fim do estado de emergência, soube a PANA de fonte oficial em São Tomé.

Segundo o secretário de Estado da Comunicação Social, Adelino Lucas, esta medida será acrescida duma vigilância epidemiológica, assim como dum resgaste socioeconómico.

O também porta voz do Governo são-tomense fez este anúncio quinta-feira no fim duma do Comité de Crise presidida pelo Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho.

Nessa ocasião, Lucas precisou que a população deve continuar a observar as medidas de prevenção para se conter a propagação do novo coronavírus.

Disse que o Governo assumiu a responsabilidade pela deslocação de mais um especialista para a calibragem do laboratório PCR adquirido pela Organização Mundial da Saúde(OMS).

“O laboratório já está no país. Já está montado. Há necessidade de calibragem e aguarda-se pela sua entrada em funcionamento. Já não é um problema exclusivo do Governo. Mas sim da OMS também. Portanto, mais um especialista na área”, regozijou-se.

A pandemia de covid-19 (coronavírus), segundo o diagnostico dum epidemiologista cubano, que assessora o Governo são-tomense, está na fase crescente no arquipélago.

Em três meses, desde do surgimento da doença, 639 pessoas foram infetadas, das quais 12 mortas, segundo o responsável.

A subida vertiginosa decorre dos 66 testes rápidos realizados nas últimas 24 horas em que 35 deram resultados negativos e 28, positivos.

Segundo dados oficias no portal do Ministério da Saúde, oficializado quarta-feira, contabiliza-se 463 casos acumulados no isolamento domiciliar, e 156 pessoas foram recuperadas da doença.

No hospital de campanha, estão em tratamento oito pacientes, enquanto, na enfermaria, foram assinaladas três pessoas assintomáticas mas com suspeitas de estar infetadas.

No entanto, devido ao impacto socioeconómico da doença em São Tomé e Príncipe, Adelino Luscas informou à imprensa que o ministro das finanças e Economia Azul propôs a criação de um banco de fomento.

A instituição financeira visa mitigar os efeitos negativos da covid-19 no setor privado, cuja taxa de juro se situa entre três a seis por cento.

Avançou que o empresariado nacional precisa dum imput e que o período pós-covid-19 poderá ser bem pior.

No encontro, acrescentou, foi decidida a multiplicação de contactos, quer bilaterais que multilaterais, com finalidade de se angariar receitas no sentido de melhorar o quadro económico e financeiro.

Desde o surgimento da pandemia em São Tomé e Príncipe, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a título de empréstimo, contribuiu com 12 milhões de dólares para o fundo de resiliência que alimenta famílias desfavorecidas  e empresas em dificuldades.

O plano de resgaste económico e financeiro contempla a reabertura do espaço aéreo e marítimo, informou Adelino Lucas, garantindo que "é preciso melhorarmos a situação sanitária para reconquistarmos a confiança dos investidores turistas.”

-0- PANA RMG/DD 11junho2020