Agência Panafricana de Notícias

SG das Nações Unidas elogia da ganhos da revolução tunisina

Charm El-Cheikh, Egito (PANA) – O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, enalteceu, no seu discurso na cimeira árabe aberta sábado em Sharm El-Sheikh (Egito), os resultados obtidos pela Tunísia, sublinhando que o país colheu, no ano passado, "os frutos da revolta árabe dos últimos quatro anos contra a tirania”.

Ki-moon afirmou que as Nações Unidas encorajam, por isso, a continuação do diálogo entre o povo líbio por vias múltiplas, a fim de preservar a unidade e a integridade territorial da Líbia.

Sobre a operação militar "Tempestade Decisiva" lançada pela Árabia Saudita no Iémen, Ban Ki-moon declarou que os eventos no Iémen são de « alcance internacional devido ao sofrimento infligido aos cidadãos iemenitas », acrescentando que ele condenou por várias vezes "as tentativas dos Houthis e do ex-Presidente Saleh de minar os acordos políticos pela força militar".

Ele sublinhou que a ação militar contra os Houthis surge « a pedido do Presidente do Iémen soberano e legítimo », apelando aos Iemenitas para o diálogo a fim de não mergulhar o país « num conflito a longo prazo ». Ele apelou igualmente à cimeira árabe para adotar « linhas diretoras claras que conduzam a uma ação pacífica para a crise no Iémen ».

Ban Ki-moon encorajou, por outro lado, os líderes iraquianos a « continuar e a aprofundar os esforços de reconciliação nacional », pedindo à Liga Árabe para continuar o seu apoio « ao Governo e ao povo iraquianos na sua luta contra o Daech (Estado Islâmico).

Quanto à Somália, o Secretário-Geral das Nações Unidas apelou a « todos os parceiros para fornecer um apoio completo para realizar progressos políticos no país e reduplicar esforços visando chegar à estabilidade nas zonas ainda sob controlo dos rebeldes ».

Ban Ki-moon disse, por outro lado, que o diálogo nacional é também necessário no Sudão "num processo conduzido em clima credível e favorável », afirmando que «o Documento de Doha para a Paz em Darfur é um bom quadro para atacar as causas profundas do conflito ».

Sobre a questão palestina, Ban Ki-moon limitou-se a deplorar « os sofrimentos vividos pelos Palestinos ».

-0- PANA BY/IS/SOC/FK/IZ 29março2015