Agência Panafricana de Notícias

Revolta social preocupa sociedade civil no Benin

Cotonou, Benin (PANA) - O pessoal do setor beninense da Saúde pretende observar esta segunda-feira uma operação "hospitais mortos" sem serviço mínimo, provocando uma psicose geral no seio da população que apela as diferentes partes a negociar, enquanto os magistrados passaram, desde há uma semana, a paralisar o trabalho três a cinco dias por semana.

Há alguns meses, a Saúde e a Justiça observam uma greve de três dias por semana, enquanto a administração pública beninense é objeto, desde 7 de janeiro passado duma greve geral desencadeada pelas principais confederações sindicais, depois da repressão duma marcha pacífica organizada a 27 de dezembro de 2013 para protestar contra a privação das liberdades fundamentais.

A Social Watch Benin, uma ONG especializada na promoção da governação e controlo da cidadania, previne que a revolta social poderá impedir o Benin de atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), "se os parceiros sociais e o Governo não negociarem".

Para a ONG, o Benin dispõe hoje de agregados e vantagens económicos que é preciso apoiar e manter, porque mesmo sem uma divisão equitativa dos benefícios a todas as camadas sociais, os indicadores que permitem apoiar tais agregados podem ser comprometidos pelas greves repetitivas.

A respeito da amplidão da situação da crise social geralizada à qual a população faz face há alguns dias, o Governo ganharia a negociar com os trabalhadores, indica a ONG, que convida estes a reconsiderar a sua posição para evitar o pior para o Benin.

"A necessidade da instauração da paz reside no facto de que a produção dos bens e serviços apenas pode operar num ambiente pacífico onde a disponibilidade dos atores de desenvolvimento para o diálogo é evidente", acrescenta a ONG.

-0- PANA IT/SSB/MAR/IZ 09fevereiro2014