Agência Panafricana de Notícias

Reino Unido pede moratória para acordo sobre Brexit

Bruxelas, Bélgica (PANA) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu uma moratória adicional para conseguir um acordo sobre o Brexit, foi anunciado quinta-feira, em Bruxelas, à margem da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), aberta terça-feira, na capital belga.

Segundo May, a questão do acordo sobre o Brexit carece primeiro de um consenso no seio da sua própria formação política, o Partido Conservador

Ela indicou que as discussões sobre o assunto encalharam ainda na questão da fronteira entre a República da Irlândia e a Irlanda do Norte, uma vez que os Britânicos não querem mais uma fronteira física entre as duas partes da Irlanda, o que aconteceria em caso de um Brexit rígido.

Os dirigentes europeus constataram que, apesar de intensas negociações, os progressos feitos não são suficientes para se chegar a um acordo sobre o Brexit, apelando às equipas de negociadores para prosseguirem as discussões.

Quinta-feira, os dirigentes europeus iniciaram as deliberações sobre a crise migratória marcada pela chegada à Europa de fluxos maciços de migrantes africanos que saíram da Líbia para a Europa, depois de atravessar o Mediterrâneo, a bordo de embarcações improvisadas.

Os dirigentes europeus devem igualmente debater sobre a Agenda 2030 relativa ao desenvolvimento sustentável, bem como sobre as relações com África.

No discurso que proferiu diante dos dirigentes europeus, o Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, ressaltou que a cooperação com o Níger permitiu reduzir as chegadas de migrantes provenientes da Líbia de 300 mil pessoas, em 2016, para 10 mil indivíduos, em 2018, o que representa uma queda de mais de 80 porcento.

Neste aspeto, pediu o aumento de recursos do Fundo Fiduciário Especial para África, que se calculam atualmente em três biliões de euros, montante que, segundo ele, devia ser aumentado em pelo menos três biliões de euros "para investir maciçamente em África, para que os jovens africanos não tenham mais vontade de deixar os seus países de origem para a Europa".

-0- PANA AK/IS/CJB/IZ 18out2018