Agência Panafricana de Notícias

RDC tem refinaria moderna de extração de biodiesel

Kinshasa- RD Congo (PANA) -- Uma refinaria moderna, concebida para extrair biodiesel dum óleo vegetal tirado das plantas Jatrofa e Rícino, foi apresentada quinta-feira em Kinshasa, constarou a PANA no local.
A apresentação desta infraestrutura eléctrica inscreve-se no âmbito da "caravana do cinquentenário" que atraversa actualmente os comunas da capital congolesa.
Esta rafinaria denominada "COEM", que produz também "lubrificante intelligente" de que se pode tirar gasóleo- B, é uma invenção dum pesquisador independente congolês, Emmanuel Kaloando, ligado ao sector das energias novas e renováveis.
O empreendimento foi finalizado pelo Centro de Pesquisas Energias Renováveis (CREER).
O pesquisador explicou que a planta Jatrofa Curcas apresenta diversas vantagens, nomeadamente do ponto de vista ecológico, energético e financeiro.
No plano ecológico, não só cresce em todos os solos, mas constitui igualmente um melhor detector de carbono, acrescentou.
A Jatrofa, como o Rícino, plantados numa extensão de um hectare, reduz para 20 toneladas o dióxido de carbono contido na atmósfera durante 40 anos, prosseguiu Kaloando.
Ele sublinhou que a mesma superfície assim cultivada pode também permitir a produção de mil 500 a dois mil litros de óleo vegetal para a produção de combustível não poluente, gerando assim rendimentos.
No plano energético, o cientista congolês indicou que o óleo de Jatrofa não é comestível e, portanto, não pode concorrenciar o óleo de palma utilizado na cozinha e suscetível de produzir ainda o biodiesel.
Contém, disse Kaloanga, menos de ácidos gordurosos livres do que outros óleos vegetais, o que, a seu ver, constituem vantagens para a transformação destes óleos em bio-combustível melhor do que o diesel fóssil.
"Meus cinco veículos utilizam biodiesel e óleos tirados da Jatrofa", afirmou o pesquisador cuja invenção alegra muitos Congoleses.
Intervindo nessa ocasião, o comissário geral do Cinquentenário, Denis Kalume Numbi, saudou esta inovação que constitui, segundo ele, uma oportunidade a não desperdiçar e de que os Congoleses devem tirar proveito no âmbito da busca das vias de desenvolvimento do país que incentiva a celebração do cinquentenário da independência da República Democrática do Congo.
"Se o Congo decidir assumir-se neste sector vital que é a energia, que faz parte a 'cinco obras da República' (programas de desenvolvimento lançados pelo Presidente Joseph Kabila), não será mais dependente e iniciar sem dúvida o seu desenvolvimento", estimou.