Agência Panafricana de Notícias

RDC convida oficialmente rei Philippe da Bélgica para festa da Independência

Bruxelas, Bélgica (PANA) – O rei Philippe da Bélgica foi oficialmente convidado, em Kinshasa, para as festividades do 60º aniversário da independência da RD Congo, a 30 de junho próximo, anunciou à imprensa a primeira-ministra belga, Sophie Wilmes.

A chefe do Governo belga, que falava no termo de uma visita de trabalho de três dias à antiga colónia, inaugurou sexta-feira, antes de deixar o território congolês, o novo Consulado Geral da Bélgica, em Lubumbashi.

Esta visita marca o reforço das relações entre a Bélgica e a sua antiga colónia que foram suspensas durante pelo menos dois anos por iniciativa  de Kinshasa, que não aceitou que a Bélgica se opusesse ao adiamento das eleições presidenciais que  foram realizadas finalmente a 30 de dezembro de 2018, enquanto elas deviam ser realizadas em 2016.

Sophie Wilmes anunciou que uma delegação ministeral belga se deslocará, em março próximo, à RDC para a conclusão dos acordos de cooperação para o desenvolvimento e de cooperação económica bem como no setor da saúde.

A visita ministerial precederá a que o rei  Philippe efetuará, a 30 de junho próximo, à RDC.

Lembre-se que o rei Albert II, pai do rei Philippe, visitou Kinshasa por ocasião do 50º aniversário  da independência da RDC.

O rei Philippe é descendente direto do rei Léopold II, o fundador do Estado Independente do Congo do qual ele  também era o soberano, no termo da conferência de Berlim, em 1885, durante a qual as potências coloniais europeias partilharam entre si África.

Espera-se em Bruxelas que, antes desta visita, um Governo de pleno exercício será constituído na Bélgica, o que  permitirá a assinatura de um acordo de cooperação militar entre Kinshasa e Bruxelas.

O ex-Presidente congolês, Joseph Kabila, pôs brutalmente termo à cooperação militar entre os dois países, em 2017, exortando todos os soldados belgas a  retirar-se do território congolês.

Na realidade, oficiais-instrutores belgas encontravam-se no território congolês para a formação das unidades especiais das FARDC encarregadas de  perseguir os grupos terroristas  que atuam na região do Kivu.

Por ocasião da sua visita à RD Congo, Sophie Wilmes reafirmou a vontade do seu país de relançar  a cooperação militar com a antiga colónia.

-0- PANA AK/JSG/SOC/FK/IZ  9fev2020