Agência Panafricana de Notícias

Quase 500 mil migrantes morreram em 2014, segundo OIM

Abidjan, Côte d'Ivoire (PANA) - O diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM) , William Lacy Swing, apelou "para se agir sem delongas com vista a salvar as vidas dos migrantes" face ao aumento do número de pessoas que morrem durante a viagem perigosa que elas iniciam na esperança de encontrar uma vida melhor para si próprias e as suas famílias.

Numa mensagem pronunciada quinta-feira por ocasição da celebração do Dia Internacional dos Migrantes, Swing fixa três prioridades para proteger os migrantes vulneráveis e reduzir o número de mortes : salvar as vidas, ocupar-se dos fatores da migração irregular e estabelecer parcerias para agir com eficácia.

Segundo Swing, o balanço do ano de 2014, duas vezes mais pesado do que 2013, regista quatro mil e 868 migrantes que morreram no mar, em desertos afastados ou em montanhas difíceis de acesso.

"Devemos agacer os fatores que levam à migracao por desespero e agir em concertacao no quadro de parcerias coerentes. Trata-se duma batalha que devemos fazer juntos", sugeriu Swing.

Por outro lado, o diretor-geral da OIM afirma que os países devem descriminalizar os migrantes irregulares e adotar leis que reprimem os traficantes que exploram o desespero dos candidatos à migração extorquindo-lhes enormes somas de dinheiro.

"A comunidade internacional deve trabalhar em concertacao para mudar o discurso atual sobre a migração e insistir cada vez mais nas contribuições positivas dos migrantes para os seus países de acolhimento bem como os seus países de origem, que beneficiam enormemente dos fundos enviados para os seus países", concluiu.

Por sua vez, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirma que os migrantes só devem ser colocados em detenção administrativa em último recurso, e que os Estados devem prever alternativas ao encarceramento.

-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 19dez2014