Agência Panafricana de Notícias

Produção de energias renováveis aumenta 20 por cento em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - A produção de energias renováveis (solar e eólica) em Cabo Verde aumentou 20 por cento em 2018, revelou, quarta-feira, na cidade da Praia, o ministro cabo-verdiano da Indústria, Comércio e Energias, Alexandre Monteiro.

O governante, que falava aos jornalistas à margem de uma conversa aberta sobre “as oportunidades de emprego no setor de energia no contexto de transição energética”, no âmbito do Dia Mundial da Energia, anunciou que, em 2025, as renováveis deverão atingir os 30 por cento da energia produzida no país e os 50 por cento em 2030.

Atualmente, as renováveis em Cabo Verde atingem os 20 por cento da energia produzida, ou seja 18 por cento para a eólica e dois por cento para a solar, referiu o governante, frisando, contudo, que a energia solar terá mais peso no futuro.

Alexandre Monteiro indicou que o país está num “processo de transição energética que irá introduzir, no sistema, mais agentes privados, mais serviços e, sobretudo, um futuro energético em que não há espaço para desperdícios, em que são exigidos muita eficiência e serviços de promoção e de apoio à criação, que possam proporcionar essa eficiência”.

No que se refere às metas, o governante recordou que existe um pacote de 400 milhões de euros previstos para, até 2030, serem instalados sistemas de produção de energias renováveis nas áreas de serviços de apoio que vão proporcionar “milhares de empregos”.

A este propósito, ele disse que será brevemente instalada, na ilha de Santiago, uma nova estação fotovoltaica (painéis solares), numa extensão superior a 20 hectares, que vai necessitar de uma grande quantidade “de volume de trabalho qualificado”.

Realçou também as várias reformas em curso no setor, entre as quais a possibilidade de introdução de mobilidade elétrica, a própria rede inteligente no sistema de eletricidade, a instalação de sistemas de microprodução de energias renováveis em residências e estabelecimentos comerciais.

“São todas estas áreas novas que vão ser promovidas no setor energético. Precisamos da criação de novas empresas e empregos para a concretização deste futuro”, precisou.

Alexandre Monteiro considera também “extremamente importante para o país” que todos pensem na necessidade do tratamento das energias para se evitar desperdício, “que custa ao país e aos nossos bolsos”.

Ele recordou ainda que há um programa de reformas em curso que visa reduzir as perdas atuais de energia, produzida, distribuída e não faturada, que atinge os 25 por cento, sobretudo devido ao roubo.

-0- PANA CS/DD 30maio2019