Agência Panafricana de Notícias

Primeiro-ministro tunisino deplora desemprego em África

Túnis- Tunísia (PANA) -- África registou uma agravação do desemprego com perto de quatro milhões de desempregados suplementares entre 2007 e 2009, deplorou quarta-feira em Túnis o primeiro-ministro tunisino, Mohamed Ghannouchi.
O chefe do Governo tunisino falava na abertura duma conferência económica africana destinada a "estabelecer um plano de ação para o relançamento económico e o crescimento a longo prazo em África".
Ele disse igualmente que cerca de 10 milhões de pessoas mergulharam na pobreza, para além de um novo aumento do endividamento externo o que "dificulta cada vez mais a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)".
Apesar deste quadro sombrio, o primeiro-ministro tunisino sublinhou que "África dispõe duma boa faculdade de recuperação económica", graças às vantagens de que dispõe, nomeadamente a juventude e o dinamismo da sua população, bem como a vastidão das suas riquezas naturais.
"O sub-desenvolvimento não é uma fatalidade", afirmou Ghannouchi, tomando, como exemplo, a Ásia do sudeste onde a taxa de pobreza caiu de 79 porcento em 1981 para 18 porcento em 2005.
Ele deplorou igualmente que o volume das trocas comerciais entre os países africanos não ultrapasse os 10 porcento, contra cerca de 40 porcento entre os países asiáticos.
Para melhorar a situação económica do continente, o primeiro-ministro tunisino preconiza, entre outras medidas, a instauração dum sistema de governação económica eficaz, o respeito pela lei, a transparência, a estabilidade e a partilha eficaz das funções entre os setores público e privado.
Esta conferência de três dias é co-organizada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA).
Nela participam responsáveis governamentais, operadores económicos, inteletuais e representantes de instituições internacionais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).