Agência Panafricana de Notícias

Primeiro-ministro queniano ordena desdobramento de forças de segurança no delta de Tana

Nairobi, Quénia (PANA) - O primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, ordenou às forças de segurança desdobradas na região do Delta de Tana (centro) , assolada por distúrbios, para mpedirem outros massacres após o ataque aéreo que causou 39 vítimas, nomeadamente crianças sexta-feira última de madrugada.

"Apelo às nossas forças de segurança e aos nossos administradores para protegerem os nossos concidadãos em Tana River preservando-os de outras matanças, do medo e da incerteza que estas violências causam na região", disse Odinga considerando estes atos "totalmente inaceitáveis e insensatas".

"Apelo às nossas forças de segurança para fazerem com que já não se perca mais vidas. Já é de mais. Esta situação vergonhosa e embaraçosa deve findar", disse.

Por sua vez, o Presidente Mwai Kibaki condenou as violências e prometeu a detenção dos seus instigadores.

Novas violências eclodiram na aldeia de Kipao, na localidade de Tarassa, no sudeste do Quénia, após os assaltantes terem alvejado o território tribal de Orma.

Houve uma série de ataques entre as tribos Orma e Pokomo na região devido ao pasto, todavia este ano assistimos a verdadeiros massacres, o que obrigou o Governo a preconizar um reforço de medidas de segurança.

De acordo com a polícia, os assaltantes mataram 13 crianças, 11 homens e seis mulheres tendo sofrido uma baixa de nove dos seus elementos durante estas últimas violências.

Para enfrentar o recrudecimento da violência na região, o Governo anunciou o desdobramento de mil polícias, dos quais uma unidade de desdobramento rápido, para pôr termo a estes atos repetitivos.

Uma missão de inquérito judiciário está igualmente no terreno para investigar sobre as causaseste fenómeno entre os Orma, maioritariamente pastores, que vivem em Kipao, e os Pokomo, indica-se.

Os dois grupos étnicos estão em guerra há décadas, mas os ataques tomaram proporções preocupantes em agosto e setembro últimos, tendo feito mil mortos.

A imprensa local relatou que os socorristas foram impedidos de recolher corpos sem vida de pelo menos 10 presumíveis agressores pela população local que insistiam em que apenas os parentes dos mesmos viessem buscá-los.

De acordo com a polícia, é preciso desarmar as populações locais.

-0- PANA AO/MA/FJG/JSG/CJB/DD 23dez2012