Agência Panafricana de Notícias

Primeiro-ministro líbio intercede para compatriotas condenados à pena de morte no Iraque

Tripoli, Líbia (PANA) – O primeiro-ministro líbio, Ali Zeinda, perspetiva visitar o Iraque para tentar parar a execução iminente duma pena de morte contra um seu compatriota presio líbio, Adel al-Chaalali, anunciou segunda-feira o ministro líbio da Cultura, Al-Habib AL-Amine.

« O primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, solicitou ao Governo iraquiano a autorização de efetuar, nos próximos dias, uma visita a Bagdad (capital iraquina) para examinar com o primeiro-ministro do mesmo país, Nouri Al-Maliki, a possibilidade de parar a execução desta sentença mortal », disse Al Amine em declarações à imprensa.

Acrescentou que a vice-ministra líbia da Justiça encarregue dos Direitos Humanos Sahar al-Baton « vai deslocar-se esta semana ao Iraque para examinar a questão dos prisioneiros líbios neste país a fim de encontrar uma solução para esta situação no quadro dum acordo judicial ».

« Esperamos que os nossos irmãos compreendam o estado em que se encontram as famílias dos prisioneiros e sintam pena para os libertarem por razões humanitárias », acrescentou o ministro líbio da Cultura.

No total, 16 Líbios estão cativos no Iraque, dos quais Adel al-Chaalali e Adel al-Zaoui, acusados de se terem imiscruído em questões terrorristas e terem matado civis e consequentemente condenados à morte.

Outros detidos estão condenados a penas que variam entre dez e 15 anos de prisão.

O caso dos prisioneiros líbios no Iraque constitui uma maior preocupação entre a Líbia e o Iraque mas está perto de uma solução.

Evidentemente, uma solução vislumbra-se depois de o ex-Presidente do Conselho de Transição líbio, Mustapha Abdel Djalil, ter obtido à margem da Cimeira Árabe organizada em Bagdad em março de 2013, a amnistia a favor de oito reclusos líbios cuja duração da pena é inferior a 15 anos.

Mustapha Abdel Djalil obteve igualmente a possibilidade de transferir o resto dos seus compatriotas presos para a Líbia com vista a cumprir o resto da sua pena no local.

Os seus esforços desembocaram na assinatura, em março de 2013, dum acordo judicial que permite a transferencia dos prisioneiros entre os dois países.

Em virtude deste acordo, os prisioneiros líbios nas prisões de Bagdad poderão ser transferidos para Tripoli com vista a cumprir o resto da sua pena.

-0- PANA AD/IN/TBM/MAR/DD 25fev2014