Agência Panafricana de Notícias

Prevalência de sida baixa 25 por cento em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - A taxa de  prevalência de HIV/Sida passou de 0,8%, em 2005, para 0,6 porcento, em 2018, uma baixa de cerca de 25 porcento, segundo dados apurados pelo III Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva (IDSR), divulgados há dias, na cidade da Praia. 

O diretor nacional da Saúde em Cabo Verde, Artur Correia, considera que estes resultados, em relação ao HIV/Sida, “são a grande novidade” do inquérito, tendo em conta que os resultados "confirmaram todas as nossas previsões parciais”, apesar do aumento do número de notificações de casos, a prevalência do HIV/Sida em Cabo Verde está a diminuir.

No que tange ao aumento de casos nas mulheres, revelados pelo inquérito,  o responsável admitiu que já era previsível que a feminização da infeção, que vem acontecendo a nível mundial, tinha também de acontecer em Cabo Verde.

Neste contexto particular, mencionou a existência de programas fortes de prevenção de transmissão a nível de mulheres, de estratégias de proximidade, e dos grupos chave de maior risco, que têm demonstrado que o país “está num bom caminho” e que vai, com certeza, melhorar ainda mais os resultados na luta contra a esta doença.

O III IDSR também mostra que a amamentação materna exclusiva melhorou nos quatro a cinco meses de idade.

Em igual sentido, o nível da anemia das crianças dos seis a 59 meses diminuiu 18 porcento, entre 2005 e 2018.

Artur Correia manifestou-se, particularmente, satisfeito com a diminuição da mortalidade infantil.

"Diminuímos a mortalidade infantil para a metade, o mesmo em relação à mortalidade em menores dos cinco anos, a cobertura pré e pós-parto, melhorou consideravelmente. Em relação à cobertura pré e pós-natal, devemos dizer que, praticamente, estamos a erradicar os partos fora de estruturas de saúde, os partos não assistidos pelos profissionais de saúde", assinalou. 

De um modo geral, o diretor nacional da Saúde congratulou-se com os “excelentes resultados” obtidos no IDSR-III e admitiu que alguns traduzem “ganhos” para o país no que tange ao cumprimento dos objetivos do desenvolvimento sustentável.

-0- PANA CS/DD 20fev2019