Agência Panafricana de Notícias

Presidente zimbabweano apoia programa nuclear do Irão

Harare- Zimbabwe (PANA) -- O Presidente zimbabweano, Robert Mugabe, manifestou quinta-feira noite em Harare o seu apoio ao programa nuclear iraniano e criticou países ocidentais que ameaçam o Irão, obrigando-o a recuar.
Falando durante um jantar organizado em honra do seu homólogo iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que visita actualmente o Zimbabwe, Mugabe disse que o Irão e o seu país devem unir-se e formar uma aliança anti-imperialista forte.
Segundo o estadista zimbabweano, as sanções ocidentais contra os dois países são uma tentativa de os destabilizar a fim de controlar os seus recursos naturais.
Ele frisou que, devido a "posições de princípio que tomamos a níveis nacional e internacional, o Zimbabwe e o Irão foram injustamente acusados e punidos pelos países ocidentais".
"A nível internacional, temos de continuar a trabalhar estreitamente com o Movimento dos Países Não Alinhados e a China a fim de que o debate actual sobre a reforma das Nações Unidas leve a uma reforma autêntica das Nações Unidas e dos seus principais órgãos, nomeadamente o Conselho de Segurança, para os tornar mais democráticos", acrescentou o Presidente Mugabe.
Por sua vez, o Presidente Ahmadinejad afirmou que o Irão não vai renunciar a seu programa nuclear, exortando o seu país e o Zimbabwe a desenvolverem laços mais estreitos a fim de resistirem fortemente às pressões ocidentais.
"Eles (os países ocidentais) pensavam em mudar os objectivos dos nossos países ou obstruí-los, mas os nossos países permaneceram firmes e as suas conspirações fracassara", regozijou-se Ahmadinejad.
Ele disse acreditar que "a vitória está do nosso lado ao passo que a humiliação e o fracasso serão o destino dos nossos enimigos".
Chegado quinta-feira no Zimbabwe para uma visita oficial de dois dias, o Presidente iraniano deve inaugurar sexta-feira em Harare uma feira regional.
O Zimbabwe e o Irão assinaram quinta-feira diversos acordos de cooperação, dos quais a supressão de vistos de entrada para os seus diplomatas e a criação de uma parceria na fábrica de tractores.