Agência Panafricana de Notícias

Presidente zambiano pede assentos permanentes para África no Conselho de Segurança

Lusaka, Zâmbia (PANA) - O Presidente zambiano, Michael Sata, pediu assentos permanentes para África no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e convidou os Africanos "a resistir" .

"Da Sociedade das Nações aos nossos dias, África foi mais espetadora do que participante. Não temos membros permanentes no Conselho de Segurança e, contudo, representamos 54 membros nesta Assembleia", declarou o Presidente Sata na reunião de alto nível sobre o Estado de direito em Nova Iorque.

"Não podemos falar de Estado de direito quando não nos respeitamos mutuamente. Por conseguinte, todos os Africanos devem resistir. Devemos tornar-nos membros permanentes do Conselho de Segurança", sublinhou.

A declaração de Sata está conforme com a posição do Comité dos 10, denominado C10, uma formação da União Africana (UA) que faz campanha para a outorga ao continente africano de dois assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas com poder de veto e dois assentos não permanentes suplementares para "reparar as injustiças históricas que sofreu África e estar em fase com as realidades geopolíticas dos tempos modernos".

Segundo um comunicado da missão diplomática zambiana na ONU, em Nova Iorque, a Zâmbia e a Namibia são os dois países representantes da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) no C10.

Dos 193 membros da ONU, África conta 54, o que fez do continente o maior representante de Estados-membros.

Atualmente, o Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes - a China, França, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América - e por 10 membros não permanentes rotativos, dos quais três países africanos - a África do Sul, Marrocos e o Togo.

Os assentos não permanentes são ocupados com base numa rotação regional por um período de dois anos.

-0- PANA MM/VAO/FJG/JSG/MAR/TON 25set2012