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Presidente senegalês reitera apelo para diálogo inclusivo

Dakar, Senegal (PANA) – O Presidente senegalês, Macky Sall, reiterou, terça-feira, o seu apelo para diálogo lançado, a 5 de março último, após a proclamação, pelo Conselho Constitucional, da sua vitória nas eleições presidenciais de fevereiro deste ano.

"Renovo o meu apelo para o diálogo sem exclusão, um diálogo construtivo e aberto a todas as forças vivas, a todas as forças políticas, às forças económicas e sociais", disse durante a cerimónia da sua investidura, em Diamniadio, a cerca de 40 quilómetros leste de Dakar, a capital.

"É com humildade e determinação que me coloco ao serviço do povo senegalês", disse o Presidente Sall, que fez o balanço do seu primeiro mandato à frente do país, referindo-se às suas realizações em matéria de "infraestruturas estruturantes, melhoria da qualidade dos serviços na área da saúde, educação e do bem-estar da população".

Durante os últimos sete anos, disse, "consagrei-me a trabalhar para um Senegal para todos através do Plano Senegal Emergente e criar políticas públicas baseadas na equidade territorial e justiça social", indicou.

O Presidente senegalês declarou que a luta contra o desemprego dos jovens permanecerá como a prioridade das prioridades do seu novo mandato, prometendo prosseguir o reforço do sistema educativo para que ofereça mais possibilidade à formação profissional.

"Esforços mais sustentados serão consagrados ao emprego e à empregabilidade dos jovens", disse.

O Presidente Sall comprometeu-se igualmente a melhorar o quadro de vida da população, reforçar a luta contra a degradação do ambiente e facilitar o acesso ao património construído através da realização de 100 mil alojamentos sociais nos próximos cinco anos.

Segundo ele, urge pôr termo ao congestionamento urbano, à insalubridade, às ocupações ilegais do espaço público e às construções anárquicas nas zonas inundáveis, pelo que pediu a "mobilização geral" com vista a criar a imagem de um novo Senegal.

Advogou o advento de um Senegal "mais limpo nos bairros, nas cidades e aldeias, numa palavra para um Senegal com zero lixo", prometendo tomar medidas «rigorosas» neste sentido.

A cerimónia de investidura do Presidente Sall decorreu na presença de vários chefes de Estado e de Governo africanos, incluindo os do Burkina Faso, da Mauritânia, da Côte d'Ivoire, de Cabo Verde, da Libéria, do Mali, de Madagáscar, da Guiné-Conakry, do Mali, da Guiné-Bissau, do Congo, da Gâmbia, da RD Congo, da Nigéria, do Togo, do Rwanda, e dos primeiros-ministros da Etiópia, do Gabão e do Gana.

Outros países estiveram representados por fortes delegações, incluindo França, Estados Unidos, Turquia, Sudão e Arábia Saudita.

O Presidente Sall foi reeleito na primeira volta, a 24 de fevereiro último, com dois milhões e 555 mil e 426 votos, ou 58,26 porcento dos sufrágios, diante do seu principal rival, Idrissa Seck, que obteve 898 mil e 674 votos, ou seja 20,5 porcento dos votos.

Com a sua investidura, ele inicia assim o seu último mandato,  segundo a Constituição do país, que determina que “ninguém pode exercer mais de dois mandatos consecutivos”.

-0- PANA AAS/IS/CJB/IZ 02abril2019