Agência Panafricana de Notícias

Presidente ruandês encara autonomia do Sul Sudão do ponto de vista "socioeconómico"

Kigali, Ruanda (PANA) – O chefe de Estado ruandês, Paul Kagame, considerou terça-feira, em Kigali, que a autonomia do Sul-Sudão, a ser proclamada brevemente após um referendo nesta região sudanesa, "não resultará de fatores de ordem  política mas sim da situação socioeconómica desta terra.

"Para além da situação atual no Sudão, basta analisar e tirar a conclusão de que o referendo sobre a autonomia da região do Sul-Sudão vai depender de outros fatores que os políticos", declarou o Presidente Kagamé que falava no seu gabinete presidencial em Kigali no termo duma conferência de imprensa.

Com o referendo que terminou a 15 de janeiro último, o Sul-Sudão, uma região semi-autónoma habitada pelos cristãos e animistas na sua maioria, deseja que o Governo central do Norte, com predominãncia muçulmana, lhe conceda a sua autonomia.

"Qualquer mudança que se operar, ela será de ordem socioeconómica (…) cedo ou tarde, uma vez a autonomia proclamada, os dois países podem confederar-se duma outra maneira", considerou o chefe de Estado ruandês.

O Ruanda, que desdobrou cerca de três mil e 500 tropas de manutenção da paz da ONU na região sudanesa de Darfur (noroeste), já anunciou a sua intenção de enviar um outro batalhão ao sul do referido país que ser autónoma, indica-se de fonte oficial em Kigali.

-0- PANA TWA/TBM/SOC/MAR/DD 19jan2011