Agência Panafricana de Notícias

Presidente em exercício da UA defende limitação de poderes em África

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O presidente em exercício da União Africana (UA) e chefe de Estado da Tanzânia, Jakaya Kikwete, pediu segunda-feira em Addis Abeba aos seus pares africanos para se abster de alargar as suas influências ou seus poderes políticos, exortando- os a concentrar os seus esforços na melhoria da situação económica de África.
Kikwete sugeriu também aos seus homólogos para atribuir uma maior prioridade à luta contra os problemas económicos e a pobreza.
No seu discurso de despedida como presidente em exercício da UA, Kikwete afirmou que os líderes africanos devem consagrar mais tempo às discussões com vista a encontrar uma solução global para o subdesenvolvimento do continente e utilizar a cooperação global de maneira mais judiciosa.
Adiantou que África estabeleceu melhores relações de trabalho com os líderes europeus e asiáticos durante o seu mandato, sublinhando a necessidade de os Africanos fazerem-se cada vez mais ouvir sobre as questões globais.
O Presidente tanzaniano pediu que África seja incluída na busca de soluções globais à crise financeira actual, considerando que o continente não deve ser ingorado durante este período.
Ele fez uma série de propostas de reformas da UA, defendendo que os líderes africanos devem imediatamente definir um orçamento para o presidente em exercício da organização para lhe permitir fazer face aos numerosos desafios com os quais o continente está confrontado.
Esta declaração corroborou com o apelo lançado pelo presidente da Comissão da UA, Jean Ping, que afirmou segunda-feira que a Comissão estava mal preparada para cumprir com a sua missão.
Falando durante a cerimónia de abertura oficial da 12ª Cimeira da UA, Ping declarou que o pessoal da organização era medíocre em termos de perícia e de recursos para fazer face à sua missão.
O presidente da Comissão da UA disse que África foi afectada de maneira negativa pela crise financeira, que ameaçou as conquistas feitas progressivamente no quadro da erradicação da pobreza.